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24 de maio de 2011

Petites Planètes e o vídeo documental musical indie

Responsável por popularizar a estética documental/improvisada em vídeos de bandas indie ao redor do planeta com os "take away shows" do blog La Blogoteque, o francês Vincent Moon (que esteve no Brasil recentemente, inclusive participando do mesmo Fórum da Cultura Digital em que apresentei duas pesquisas), trabalha agora em seu novo projeto, intitulado Petite Planètes. Mais experimental e lúdico que o "Take away show", a proposta engloba documentar de forma multimídia parte da produção cultural ao redor do planeta, incluindo filmagens realizadas em países como o Brasil, Espanha, Argentina, Egito e Estados Unidos. Entre os brasileiros que participam da iniciativa estão o cantor e baterista Wilson das Neves, José Domingos, Letuce e Thalma de Freitas.


A estreia se deu com o lendário Tom Zé, que fez uma performance no terraço de um prédio e em seu apartamento em momentos de beleza e esquisitice ímpares. Todos os vídeos são complementados por fotos, arquivos de áudio e textos de autoria do próprio Moon e convidados, como Lucas Santtana, que escreveu sobre Tom Zé. 

Destacado pela beleza estética dos vídeos e do próprio site do projeto, o Petite Planètes é uma evolução do trabalho realizado por Moon em parceria com o La Blogoteque e abre possibilidades de experimentação linguagem - apesar de, até o momento, esse potencial ainda não ter se destacado tanto ao ponto de romper com os "take away shows" e criar uma identidade própria.


Realizado com recursos captados através de doações feitas pela internet, o projeto está registrado em Creative Commons, o que permite a livre circulação e exibição dos filmes, contanto que o material não seja explorado comercialmente e seus autores sejam citados. 

23 de maio de 2011

Festival Escambo recebe inscrições de bandas independentes

Escambo 2009 em Sabará

A 4ª edição do Escambo - Festival de Experiências Culturais será realizada na cidade histórica de Sabará (MG) entre os dias 18 e 24 de julho e recebe inscrições de bandas interessadas em tocar no evento. As inscrições devem ser feitas até 27 de maio através do Toque no Brasil e são gratuitas. A equipe do festival selecionará quatro das bandas inscritas para tocar no Escambo e oferece cachê, alimentação, hospedagem e transporte local para as selecionadas. Não há restrição em relação ao Estado de origem da bandas, mas o festival só se responsabiliza pelo transporte da banda dentro da cidade de Sabará.

Em 2009, quando foi realizada a 3ª edição do Escambo, tocaram bandas como Black Drawing Chalks, Macaco Bong, Graveola e o Lixo Polifônico, Transmissor, Dead Lover's Twisted Heart, 4instrumental e Pequena Morte para público de mais de 10 mil pessoas (conforme dados oficiais da Polícia Militar).

Este ano o festival integra o Conexão Vivo, programa de patrocínio no meio musical da Vivo, e sedia o Congresso do Fora do Eixo Minas (do qual participam membros de todos os coletivos mineiros do Fora do Eixo).

22 de maio de 2011

A Oração da Banda Mais Bonita da Cidade

Eis que finalmente surge no Brasil uma banda-fenômeno a partir de um vídeoclipe bem elaborado. Até então desconhecida mesmo na cena indie, a curitibana A Banda Mais Bonita da Cidade (adorei o nome) já acumula mais de 1 milhão de exibições do clipe de "Oração". Mais um indício de que o indie está cada vez mais pop(ular).


A canção é uma meiguice só, indie-fofo (sim, pra mim existe claramente esse subgênero) até o osso, trilha sonora ideal para visitar o Cute Roulette. Resta saber se as outras músicas da banda serão suficientes para mantê-la em destaque ou será o caso de mais um one hit wonder.

Quem não entendeu a citação da banda ao Beirut na página do clipe no Youtube é só assistir ao vídeo abaixo...

20 de maio de 2011

Nuda lança seu primeiro álbum, "AMARÉNENHUMA"


Já está no ar o novo site da banda recifense Nuda, que lança nesta sexta-feira o álbum AMARÉNENHUMA. Após o elogiado EP Menos Cor, Mais Quem e o single de "A Maré Nenhuma", a banda disponibilizou nesta madrugada o novo CD para download gratuito.



Ainda nem ouvi o CD inteiro mas já indico, parece ser um grande álbum. Abaixo, leia o que a banda escreveu sobre o trabalho:

Depois de mais de um ano de trabalho, eis AMARÉNENHUMA. A sensação que dá é que esperamos mais de 20 anos pra ele ficar pronto, como se fosse um sonho que nasceu no berço. Desde o nome do álbum até as letras, consideramos que muita coisa fez a gente crescer como pessoas, se desvendar um pouco mais. Isso foi a nossa prioridade nesse tempo desde o fim da divulgação de “Menos Cor, Mais Quem”. 
Explicando: a escolha do nome do cd reflete um pensamento que tivemos que incorporar. Mergulhar nessa maré qualquer, nenhuma, e se deixar levar por ela, não pelas expectativas. Afinal, nesse tempo os nossos irmãos de alma Roberto Scalia e Judá Dowsley deixaram de ser instrumentistas da banda, focamos nossas ações exclusivamente no desenvolvimento de um cd verdadeiro, deixando de lado por muito tempo (e intencionalmente) a freneticidade habitual que permeava a nossa comunicação nas mídias sociais. Aprendemos nesse tempo a simplesmente fazer: fazer um álbum verdadeiro pra gente e mais ninguém, que significasse muito pra gente em cada palavra ou nota tocada. Aprendemos a diminuir a ansiedade por resposta quando deixamos de nos preocupar com quem iria ocupar a bateria. E isso foi interessante: foi só nos despreocuparmos e Antônio Marques praticamente cair do céu. Sim, esse é o nome do nosso baterista. Tão Nuda quanto todos nós. Pessoas daquelas que no primeiro dia já se torna um velho amigo. Seja bem-vindo, irmão de correnteza.

Por falar em bateria, um abraço especial para Amaro Mendonça, da banda Ex-Exus, que passou alguns meses tocando com a gente e não nos deixando enferrujar. Mago, valeu demais!

Muita gente foi crucial nesse processo. Pablo Lopes, lá do Fábrica, foi mais que um produtor do álbum. Foi, no mínimo, o grande amigo de sempre e um padrinho. Jeff Moura e Vini Lopes, também no Fábrica, passaram tanta vibração que seria difícil AMARÉNENHUMA não sair no estilo “coração na boca”.

O conceito visual também foi um longo processo até encontrarmos essa forma que, nas nossas cabeças, era capaz de comunicar mais e de forma mais lúdica. Explicar seria classificar, e como diz numa música, isso seria trancafiar na cela do são.

Fizemos questão, como já foi dito, de entregar pronto um disco verdadeiro, humano. O ouvinte pode perceber que nada foi executado por máquinas. Uma das frases mais faladas durante a mixagem foi “Deixa assim mesmo. É melhor.”. E de uma hora pra outra tanta coisa foi se resolvendo, o horizonte clareando e a poeira baixando, de modo que é difícil aceitar tudo como uma série de coincidências. As amizades e os sonhos se fortaleceram, afinal. E é isso, apenas isso, que interessa."

18 de maio de 2011

Festival Natura Musical Minas, Natura Nós e os artistas patrocinados em 2011

Artistas e projetos mineiros patrocinados pela Natura em 2011: Flávio Renegado, Graveola e o Lixo Polifônico, Dona Jandira, Lô Borges, Jazz Mineiro Orquestra e Narrativas do Vale do Jequitinhonha.

Atrações do festival Natura Musical Minas: Milton Nascimento com Maria Gadú e Roberta Sá; Lô Borges e Pedro Morais; Pato Fu; Marcelo Jeneci; Karina Buhr; Flávio Renegado; Marku Ribas; Aline Calixto com Carlinhos Brown; Orkestra Rumpilezz; Grupo Trampolim; Pequeno Cidadão; Palavra Cantada; Grupo Curupaco; Vivaviola e Meninas de Sinhá; e Zé da Guiomar.

Atrações do festival Natura Nós: Jack Johnson, Jamie Cullum, Maria Gadú, Laura Marling, Bid + convidados, Roberta Sá + António Zambujo, Barbatuques, Toquinho + convidados, Palavra Cantada, G. Love, Grupo Ponto de Partida e Meninos de Araçuaí.

A Natura é uma das poucas grandes empresas nacionais que possui uma linha de patrocínios culturais concisa e bem definida. Sua atuação em Minas Gerais trabalha a valorização da música mineira, da cultura local e das tradições do interior. Fora do Estado, em 2010, patrocinou Marcelo Jeneci e Cidadão Instigado, autores de álbuns indiscutivelmente posicionados entre os mais interessantes da música brasileira recente.

Em seu edital de patrocínio para artistas mineiros em 2011 a empresa alia tradição e contemporaneidade e investe em projetos de jovens artistas que vem se destacando na cena local (casos de Graveola e o Lixo Polifônico e Flávio Renegado, que já foi patrocinado pela Natura em 2008), tradicionais nomes da música mineira (Lô Borges e Jazz Mineiro Orquestra) e expoentes da cultura de raiz (Dona Jandira e Narrativas do Vale do Jequitinhonha). 


Paralelamente, a Natura estreia em 12 de junho, dia dos namorados, seu 1º festival "proprietário" em Belo Horizonte, o Natura Musical Minas. Dividido entre quatro praças da cidade (Duque de Caxias, da Liberdade, da Estação e Lagoa do Nado, que na verdade não é uma praça, mas sim um parque ecológico), o festival terá shows gratuitos realizados a partir da manhã e encerrará sua programação na Praça da Estação, onde estão concentrados alguns dos principais nomes de sua grade. 

Artistas interessantes compõesm a programação, mas a concentração de todas as atividades em um único dia é um grande defeito. A Natura, que apoia projetos de turnês de artistas e gravações de CDs e DVDs, de forma a contribuir para a construção de carreiras e disseminação das obras dos artistas, não deveria realizar um projeto de tamanho porte em um único dia, impedindo que os interessados possam assistir a vários shows da programação. Pode-se argumentar que cada palco corresponde a uma linha estética específica, mas as divisões de gêneros apresentados em cada praça não são rigidamente definidas e, de qualquer forma, vai na contramão do fomento à diversidade. Afinal, de que adianta dar espaço a diferentes manifestações artísticas se a maioria delas será realizada simultaneamente? De qualquer forma, com certeza será um dia inesquecível, com muitos bons artistas e que abrangem amplo público na capital e região metropolitana. 


Partindo para São Paulo, onde a empresa realiza o festival Natura Nós, reforça-se aquele que, a meu ver, é um dos pontos fracos da política cultural da empresa: apesar de todos (e são muitos) os méritos, a impressão é de que falta ousadia. Observar a programação do Natura Nós, com seus nomes óbvios, é exemplo disso. Não é um festival ruim, mas sua linearidade e a falta de novidades chega a incomodar. Ao analisar as ações da Natura no meio musical, parece que a empresa permite a realização de turnês e produtos excepcionais mas ainda encontra dificuldade ao tentar realizar ações pontuais de grande impacto.

Programação do Festival Natura Musical Minas
12 de junho, domingo

Praça da Liberdade (Funcionários)
10h - Oficina Grupo Trampolim (MG)
11h - Palavra Cantada (SP) – infantil
15h30 - Pato Fu – Música de Brinquedo (MG)
17h - Lô Borges e Pedro Morais (MG)

Parque Ecológico Lagoa do Nado
10h30 - Grupo Curupaco (MG)
12h - Vivaviola e Meninas de Sinhá (MG)
14h30 - Oficina do Grupo Trampolim (MG)
15h40 - Marku Ribas (MG)
17h - Zé da Guiomar (MG)

Praça Duque de Caxias (Santa Tereza)
10h15 - Pequeno Cidadão (SP)
12h - Oficina do Grupo Trampolim (MG)
14h30 - Karina Buhr (PE)
15h40 - Flávio Renegado (MG)
16h50 - Marcelo Jeneci (SP)

Praça da Estação (Centro)
17h30 - Orkestra Rumpilezz (BA)
19h - Aline Calixto (MG) convida Carlinhos Brown (BA)
20h - Milton Nascimento (MG) convida Maria Gadú (SP) e Roberta Sá (RN)

16 de maio de 2011

O futuro (ou parte dele) está no armazenamento de dados

Grande parte das transformações recentes no mercado musical se deve à transposição de músicas para o formato digital e suas respectivas formas de compartilhamento e armazenamento. Ao deixar de ter os suportes físicos (como vinis, fitas cassete e CDs) como forma exclusiva de distribuição, a música digitalizada tornou-se viável de ser redistribuída e reproduzida indefinidamente, sem perda de qualidade, a custos próximos de zero. Com as facilidades de circulação de conteúdo aumentou-se também a quantidade de informação disponível e que precisa ser armazenada de alguma forma.

É nesse ponto que se encaixa o vídeo Format: a brief story of data storage, de Alan Warburton. Ao longo de dois minutos, o vídeo compara formas de armazenar dados utilizadas durante os últimos 60 anos, de rústicos cartões perfurados à pequenos pen drives capazes de carregar conteúdo equivalente ao de pequenas bibliotecas.


O avanço tecnológico tem permitido guardar quantidades cada vez maiores de conteúdo em objetos de tamanhos decrescentes, cujas utilizações impactam as formas através das quais trabalhamos e nos relacionamos (não apenas com a produção cultural mas também entre nós). Meu primeiro computador tinha 2 giga bytes de espaço no HD e gravar fitas cassetes com os álbuns que me interessavam era prática recorrente. Pouco tempo depois começou a crescer o número de CD-R no meu quarto com as bandas baixadas pela internet. Pouco mais de cinco anos depois eu tinha um celular que apenas em sua memória podia salvar 8 GB de arquivos (entre os quais estavam principalmente, muitas e muitas músicas). Agora, em 2011, minha principal fonte de dados armazenados (leia-se: músicas) é novamente um celular, mas com maravilhosos 32 GB, úteis principalmente por questões de mobilidade.

Por outro lado, é inquestionável que vivemos um momento de crescente migração do armazenamento físico de dados para o virtual. Conexões à internet mais estáveis, velozes e disponíveis em diferentes tipos de aparelhos, assim como o desenvolvimento de servidores, permitem o florescimento da cultura do streaming e da etérea navegação nas nuvens, prometendo um futuro no qual a informação estará disponível a qualquer momento e em qualquer lugar. Duvida?

Música independente ao redor do planeta: Music Alliance Pact de maio

Em inglês, por enquanto. Este post será atualizado em breve.

Atualização (17 de maio de 2011, 1:45): desisti de atualizar. Se vire.

Não sabe o que é Music Alliance Pact? Foda-se. Pesquise. Não sabe ler inglês? Aprenda ou arrume uma forma de traduzir.

Atualização 2 (18 de maio de 2011, 0:29): Tudo bem, mudei de ideia e vou fazer bonitinho.

A Music Alliance Pact deste mês apresenta, mais uma vez, uma seleção da produção musical independente de 36 países. Os artistas que formam a coletânea (cujas novas edições são publicadas no dia 15 de cada mês) são selecionados por autores de blogs e sites especializados em música e respeitados em seus países de origem (ou internacionalmente, como no caso do representante inglês, o jornal The Guardian). O Meio Desligado representa o Brasil e agora em Maio escolhi uma das músicas que estarão presentes no novo trabalho do Lise, projeto solo de Daniel Nunes, mais conhecido como baterista da banda belo-horizontina de pós-rock Constantina.

Você pode fazer o download da coletânea completa gratuitamente. Abaixo você lê sobre a música do Lise que selecionei para a coletânea e clicando no "continuar lendo", ao fim, você acessa todas as músicas escolhidas pelos representantes dos outros países. Aprecie sem moderação.

"Parece Constantina" é uma amostra de Qualquer Frágil Fio de Fantasia, novo CD do Lise, projeto paralelo do multiinstrumentista mineiro Daniel Nunes (baterista do Constantina, com o qual tocou no festival SXSW deste ano). Apesar de ser um projeto bastante focado em experimentações em vertentes da eletrônica e pós-rock, essa faixa dialoga com o hip hop através da participação de membros do Zimun (outra boa banda mineira, em ascensão na cena local) e amplia o espectro sonoro do gênero ao indicar novas opções instrumentais que se distanciam dos clichês e bases estagnadas.



14 de maio de 2011

9º Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia distribuirá R$ 160 mil entre vencedores

Focado em novos trabalhos e artistas que produzem obras relacionadas à tecnologia, o 9º Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (no qual o Meio Desligado já foi indicado)  recebe inscrições até 30 de junho para as categorias "individual" e "dupla ou coletivo". Os artistas selecionados pelo júri do Prêmio receberão, ao todo, R$ 160 mil divididos da seguinte forma:
  • 4 Prêmios para criadores iniciantes com mínimo de 2 anos de carreira comprovada – R$ 15 mil para cada; 
  • 2 Prêmios para criadores com mínimo de 10 anos de carreira comprovada – R$ 30 mil para cada;
  • 1 Prêmio Hors Concours, para um artista ou teórico das áreas abrangidas, como reconhecimento pelo conjunto da atuação – R$ 40 mil.

Interessados em participar devem ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição no site do Instituto Sergio Motta. Os finalistas serão divulgados em 15 de agosto e os vencedores serão conhecidos em 4 de outubro.

13 de maio de 2011

Gloom lança vídeoclipe, "Tic tac"

Uma das novas apostas de Fabrício Nobre n'A Construtora, a banda goiana Gloom (cujo CD de estreia foi lançado pela Monstro Discos), acaba de lançar o vídeoclipe da música "Tic tac". Responsável por um dos shows mais elogiados do festival Calango do ano passado, a banda faz uma mistura de ska e rock/pop em português extremamente agradável e que tem grande potencial para agradar fãs de bandas como Móveis Coloniais de Acaju e Los Hermanos, em determinados momentos soando como um protótipo de Paralamas do Sucesso da geração Y.


Tanto o vídeo como a canção em si são simples, mas deixam transparecer o divertimento e o potencial artístico da banda, cujos integrantes são bastante jovens (o baterista, inclusive, é membro do trio-mirim de stoner rock Hellbenders).

12 de maio de 2011

Dicas sobre encurtadores de URLs

Popularizados em tempos de limitações twitteiras, os encurtadores de URL tornaram-se ferramenta crucial para o compartilhamento de links durante os últimos anos. Através deles, um longo endereço de página na internet como http://www1.folha.uol.com.br/poder/913773-ministra-da-cultura-autorizou-sobrinha-cantora-a-captar-r-19-mi.shtml) pode transformar-se em um curto http://is.gd/0QaKVg. Existem centenas de encurtadores de URL pelo mundo, mas focarei em alguns dos principais e mais funcionais serviços.

Apesar de sua grande utilização, muitas pessoas não sabem que diversos serviços que encurtam URLs também fornecem estatísticas sobre o uso desses links. Esse é o caso do Goo.gl, serviço do Google, do Bit.ly e do brasileiro Migre.Me. Em todos eles, basta adicionar um + ao fim da URL que o link o levará à página de estatísticas daquele link, como nos exemplos http://migre.me/4vyJz+http://bit.ly/kX1Ej2+
Em outros casos, no entanto, é necessário adicionar o sinal de - ao fim da URL, em serviços como Miud.in e Is.gd.

Estatísticas do Goo.gl


O detalhamento nas estatísticas varia de acordo com o serviço usado, mas a maioria apresenta o número de cliques no link, gráfico com os cliques ao longo de horas ou dias, origem do usuário e página em que o link foi publicado/clicado. Um dos mais completos é o Bit.ly, com diversos gráficos e informações detalhadas.

Parte das informações apresentadas no Bit.ly sobre um link
A maioria dos encurtadores oferece a possibilidade de personalizar o endereço criado, normalmente adicionando palavras referentes ao conteúdo do link (como em http://is.gd/grinderman) e podem ser utilizados como extensões nos navegadores (principalmente Google Chrome). Usando uma extensão encurtadora de URL, basta clicar no ícone do serviço e um novo e curto endereço é gerado para que possa ser compartilhado (outra função recorrente é a geração de QR Codes para os links).

Outro ponto a ser levado em consideração é a confiabilidade e estabilidade do serviço usado, já que, caso deixe de funcionar, todos os links criados a partir dele darão erro (para evitar isso, o ideal é usar encurtadores de empresas confiáveis e com grande base de usuários, além dos que fazem parte do projeto 301works, que arquiva endereços de URL para que eles estejam sempre em atividade).

Dadas as explicações, confira uma lista com alguns dos encurtadores de URL indicados:

Um dos mais completos e com maior base de usuários, fornece informações detalhadas e com boa visualização. Após fazer o cadastro no site, o usuário pode salvar o histórico de todas as URLs compactadas. É usado em diversos aplicativos para Twitter (como o TweetDeck) e tem extensões para navegadores.

Serviço brasileiro mais popular, também oferece informações importantes sobre os links, como o número de vezes que foi retuitado e média de usuários que o visualizaram. Também possui um serviço experimental que conta o número de links apontando para um determinado domínio.

Ideais para links realmente curtos. Permitem personalização do link e oferece dados simples sobre cliques.

Encurtador do Google. Caso o usuário esteja logado em sua conta do Google, registra todos os links compactados.

"O encurtador mais simpático da web", segundo os criadores. Faz parte do projeto 301works e possui diversas extensões. Não possui opção para personalização dos links.

Outra cria brasileira, ótima para ser usada em momentos estratégicos!

11 de maio de 2011

Site de lançamento do novo CD do Moby é uma aula...

... de como integrar mídias e chamar atenção para seu trabalho sem cair no mero preciosismo tecnológico.



O site especial dedicado ao álbum Destroyed integra georeferenciamento, fotos publicadas no Instagram e usa o SoundCloud como plataforma de áudio. O conceito gira em torno do processo de produção do CD, composto durante as madrugadas da última turnê de Moby pelo mundo (que incluiu shows no Brasil).

Enquanto o CD é tocado, pontos no mapa indicam fotos e comentários de Moby sobre as cidades em que tocou - Destroyed também será lançado como um livro. O público pode interagir enviando fotos feitas durante as madrugadas em suas cidades para o Instagram, com a tag #destroyed e indicação do local onde foram feitas, que posteriormente serão carregadas no mapa como pontos pretos (os pontos brancos indicam publicações do próprio Moby).

O resultado final é um potencial álbum digital, conceitual e colaborativo, no qual o artista gera a base inicial  e a participação externa contribui para estimular novas interpretações da obra. Além do experimento tecnológico, Destroyed também aparenta ser um bom álbum. Em uma rápida audição, ao menos 4 de suas 15 canções destacaram-se bastante, entre elas "Be the one", que você pode ouvir abaixo.


Outros experimentos interessantes (e já um pouco "antigos") e que podem servir como inspiração para outros artistas são o vídeo de "I've seen enough", do Cold War Kids, e o famoso projeto The Wilderness Downtown, feito para a música "We use to wait", do Arcade Fire (aka o U2 indie do futuro).

Circuito Conexão Vivo

Além dos vários shows que formam a grade oficial do Conexão Vivo BH existe um circuito paralelo de festas com bandas e DJs intitulado Circuito Conexão Vivo. São atividades culturais que acontecem por bares e casas noturnas da cidade, divididos entre os bairros do Centro, Santa Tereza, Savassi, São Pedro e até na cidade de Nova Lima e abrangem diferentes estilos musicais.

Para a divulgação dessa rede de festas criei o mapa abaixo, usado para a divulgação oficial do Circuito Conexão Vivo. Se por um lado o mapa não permite a rápida visualização da programação diária de festas, por outro estimula a exploração da programação e permite uma visão ampla do alcance do Circuito, além do ponto óbvio de facilitar a localização e circulação entre os locais.


É provável que mais festas passem a integrar o circuito e o mapa será atualizado com as mesmas. Abaixo, para facilitar a navegação, segue também uma listagem das festas integrantes da ação. Destaque para as festas dos dias 20 e 26 de Maio no Lapa Multshow (com Eminence e Madame Saatan no dia 20 e Fusile, Dead Lover's e outros no dia 26).

A Obra
Dia 4, quarta-feira: Noite de Pegada com Local-Z e A Nuvem (MG)
Dia 12, quinta-feira: Outrorock com Junkie Dogs
Dia 20, sexta-feira: 100% Compacto com DJs Luiz Valente, Kowalsky e Fausto

Arcadium
Dia 8, domingo: DJ Pacato + DJ MikeSystem + DJ Hahnu + DJ Bené + DJ Nedu Lopes + DJ Zeu + DJ Xeréu

Café da Travessa
Dia 13, sexta-feira: Travessa Lado B com DJ Fernando Fonseca

dDuck dClub
Dia 13, sexta-feira: Rifferama com DJ Amplis e convidados

Graças a Deus
Dia 6, sexta-feira: Black Broder com Dr. Bhu e Shabê + DJ Xeréu + Dançarinos do Soul

Lapa Multshow
Dia 19, quinta-feira: Skacilds (BH) convida Pequena Morte + Kabalions (BH) convida Celso Moretti + Kadu dos Anjos (BH) convida DJ Giffoni (Julgamento) e Coyote Beats (Zimun) + DJs Deskareggae
Dia 20, sexta-feira: Eminence (MG) e Madame Saatan (PA)
Dia 26, quinta-feira: Fusile, Dead Lovers Twisted Heart, Tempo Plástico e Madame Rose Selavy (MG)


Major Lock
Dia 7, sábado: No Voice + DJ Pacato + DJ Cuko + DJ O.s.crew + DJ Mauro Farina

Mercado das Borboletas
Dia 20, sexta: Sexta básica com DJ Fael + DJ Yuga + DJ Thiagão + DJ JJBZ + convidados

Music Hall
Dia 28, sábado: Orquestra Cabaré Mineiro (MG) convida Bebeto (RJ) e Gustavo Maguá (MG) convida Matolli (SP)

Nelson Bordello
Dia 3, terça-feira: Outrajam
Dia 17, terça-feira: Outrajam
Dia 27, sexta-feira: Festa Adocica com DJs Anônimo (MG), Deejay Doni (SP) e Ana Dumas / Carrinho Multimídia (BA)

Odeon
Dia 21, sábado: Uma noite pelo samba com DJ Rafael Soares no som

Social
Dia 21, sábado: Tuba-in com DJ BS BaIN e convidados

Studio Bar
Dia 5, quinta-feira: Quinta Loki com Dibigode e Frito Na Hora
Dia 6, sexta-feira: Vinyl Land com Do Amor e Onda Vaga
Dia 21, sábado: Noite Fora do Eixo com Violins e Câmera

Vila Verde
Dia 14, sábado: Biscoito Loko com DJ Thiagão Costa e Chris Guimarães

Programação do Conexão Vivo BH 2011 no Parque Municipal

Mais de 60 artistas se apresentam na etapa do Conexão Vivo no Parque Municipal, entre os dias 25 e 29 de Maio. A programação completa havia sido disponibilizada inicialmente apenas em aparelhos celulares (via aplicativo do Conexão Vivo para aparelhos com sistema Android ou Symbian - a versão para iPhone aguarda liberação na App Store) no dia 6, sexta-feira da semana passada, e nesta segunda-feira, dia 9, foi divulgada oficialmente.

A base da programação é formada pelos artistas patrocinados pela Vivo e as maiores surpresas se apresentam como convidados, casos de Siba (participação no show do grupo de samba Capim Seco), Jards Macalé (que aparece no show do Graveola e o Lixo Polifônico) e Barbatuques ao lado de Juarez Maciel e Grupo Muda. Alguns dos artistas mais comentados da atualdiade também marcam presença: na programação estão os hypados Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz, Karina Buhr e Móveis Coloniais de Acaju.


Paralelamente aos shows no Parque Municipal acontecem apresentações mais intimistas na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes (ao lado do Parque). Lá acontecem os shows de Thiago Pethit (também no boom da "nova cena paulista") e Lise (projeto solo de Daniel Nunes, do Constantina, que fará apresentação audiovisual ao lado do parceiro L_ar).

Os ingressos serão vendidos a R$ 10 (meia-entrada), tanto para o Parque como para a Sala Juvenal Dias, e estarão disponíveis em breve (talvez em um formato diferente do conhecido pelo público). Quem não quiser (ou não puder comprar), pode participar de alguma das várias promoções que estão acontecendo.

Programação do Conexão Vivo BH 2011 no Parque Municipal
(em destaque, shows indicados pelo Meio Desligado)

Quarta-feira, dia 25 , a partir das 19:30
Capim Seco (MG) convida Siba (PE)
Porcas Borboletas (MG) convida Paulo Miklos (SP)
Deco Lima e o Combinado (MG) convida Fred 04 (PE) e Angu Stereo Club (MG)
Marku Ribas (MG) convida Zérró Santos (SP)
Móveis Coloniais de Acaju (DF)

Quinta-feira, dia 26 , a partir das 19:30
Mostra Nova Música Instrumental Mineira apresenta: Felipe José (MG) convida Elísio Pascoal (AL)
Karina Buhr (PE)
Vitor Santana (MG) convida Pedro Sá (RJ) e Marcos Suzano (RJ)
Tulipa Ruiz (SP)
Zé da Guiomar (MG) convida Wilson das Neves (RJ)

Sexta-feira, dia 27 , a partir das 19:30
The Hell´s Kitchen Project (MG) convida Autoramas (RJ), Brasilino e Serginho (MG)
Julgamento (MG) e convidado
Lucas Avelar (MG) convida Affonsinho (MG)
Gilvan de Oliveira (MG) convida Armandinho (BA)
Marcelo Jeneci (SP)

Sábado, dia 28, a partir das 19:30
Babilak Bah (MG) convida Juarez Moreira (MG)
Senta a Pua! (MG) convida Eduardo Neves (RJ)
Black Sonora (MG) convida Di Melo (PE)
Graveola e o Lixo Polifônico (MG) convida Jards Macalé (SP)
Flávio Renegado (MG) convida Maria Alcina (MG)

Domingo, dia 29, a partir das 10:00
Catibiribão (MG)
Wilson Dias e Pereira da Viola (MG) convidam Patrícia Sene
Cléber Alves convida Nivaldo Ornelas, Mauro Rodrigues (MG) e Teco Cardoso (SP)
Juarez Moreira (MG) convida Diego Figueiredo (SP)
Suíte Para os Orixás convida Renato Motha (MG)
Juarez Maciel e Grupo Muda (MG) convidam Barbatuques (SP)
Warley Henrique (MG) convida Aline Calixto (MG)

4 de maio de 2011

Renegado - até quando?


A música é capaz de provocar os mais diversos sentimentos nas pessoas e, do mesmo modo, tem o potencial de transformar vidas. Exemplo disso é observar a carreira e o trabalho de Flávio Renegado, rapper, compositor, instrumentista, poeta, ator e líder comunitário que a partir dos estreitos becos do Alto Vera Cruz (comunidade carente da cidade de Belo Horizonte) aos poucos toma o mundo de assalto com seu trabalho que tira o hip hop do gueto e abraça as mais diversas influências. Sem se prender a limites geográficos, sua música dialoga com batidas africanas, ritmos caribenhos, texturas do hip hop norte-americano e a malandragem do samba.

Enquanto a música transforma a vida de Flávio Renegado e o leva a circular por todo o Brasil e no exterior, também altera aqueles que são tocados por ela, restando a certeza de que gostando ou não, ninguém ficará indiferente às suas obras. Não por acaso, nos últimos anos ele esteve ao lado de alguns dos mais originais artistas da cena musical brasileira, do virtuosístico guitarrista Toninho Horta ao astro da MPB Lenine, assim como aclamados novos nomes da música brasileira como a cantora Aline Calixto e o vanguardista Fernando Catatau, do Cidadão Instigado.

Se a diversidade de parceiros aponta sua inquietação, a extensa produção por outras áreas confirma sua vocação artística. Em 2011, estreia no longa-metragem “Ponto Org”, primeiro trabalho na grande tela da videomaker Patrícia Moran, contracenando ao lado do renomado Paulo César Pereio. Exatamente ao completar seus 28 anos (em 7 de Maio), ele participa do festival Tensamba, na Espanha, e na sequência começa uma nova empreitada, comandando seu próprio programa de rádio na 98FM (uma das maiores rádios de Minas Gerais). Paralelamente, aguarda o lançamento de um projeto que une o funk carioca ao rap, realizado junto ao DJ e produtor Sanny Pitbull e os rappers Emicida e Zé Brown (Faces do Subúrbio), entre outros. Após se apresentar em Cuba e na França, 2011 marca a expansão de sua carreira internacional, com shows na já citada Espanha, Inglaterra e Holanda. Para o segundo semestre, prepara-se para shows na Suécia, Austrália e Nova Zelândia. Prestes a iniciar as gravações de seu segundo CD, Flávio Renegado colhe os frutos de sua estreia (com o álbum Do Oiapoque a Nova York, de 2008), lançada em 3 formatos (CD, SMD e Digipack) e que vendeu mais de 7 mil cópias de forma independente.

Ciente de sua capacidade de criação e movimentação por diferentes manifestações artísticas, Flávio cada vez mais parece ter noção de não pertencer a nenhum gênero específico, nenhuma classe artística definida, nenhuma região. Ao mesmo tempo, absorve todas elas. Um paradigma que explicita no título de seu próximo CD e que deixa no ar as possibilidades que estão por vir ao dizer que “Minha tribo é o mundo”.

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Esse é o novo release que escrevi para o Renegado, que agora assina oficialmente como Flávio Renegado. 2011 promete ser um ano incrível para sua carreira, como dá para perceber através das informações no texto acima (na semana passada gravou, no Itaú Cultural, imagens ao vivo para seu primeiro DVD e em breve chegam programa na rádio, turnê no exterior, etc). O Flávio é um dos artistas independentes que circula pelos mais distintos espaços, de festas particulares do Ronaldinho Gaúcho a baladas em favelas, teatros e boates de playboy.

Escutei a prévia do que será seu segundo CD e dá pra afirmar que será um grande trabalho. Sai um pouco da latinidade de Do Oiapoque a Nova York, seu primeiro CD, e entram batidas sincopadas ao estilo do hip hop norte-americano contemporâneo, sintetizadores com timbres oitentistas e até.... bom, não dá pra contar ainda, até porque parte disso irá se transformar nas mãos e mente de Plínio Profeta, que produzirá o álbum (e tem no currículo CDs de Lenine, Tiê, Rappa, Xis e Lucas Santtana).

Nesta quinta, dia 5 de maio, Flávio e sua banda embarcam rumo à Europa. Aproveitando o mote da viagem internacional foi lançado seu novo site, feito por mim. Bem diferente de seu antigo site (vencedor do Prêmio Hutuz na categoria de "Melhor site de hip hop"de 2008), escolhi uma proposta minimalista e funcional, integrando redes sociais de forma prática em um único espaço. O site dialoga com a nova fase de sua carreira, na qual tenta se desvencilhar de alguns clichês do rap nacional (inclusive esteticamente). 

Espero contribuir positivamente nesta empreitada e fica dado o aviso: fiquem de olho nele no flaviorenegado.com.br

E para fechar, uma das minhas músicas favoritas do primeiro CD dele, "Meu canto", com a Aline Calixto (outra que vez com CD novo em breve) participando nos vocais.
 

2 de maio de 2011

In-edit Brasil 2011 - Festival Internacional do documentário musical

As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro recebem agora em maio a terceira edição do In-edit Brasil, festival dedicado aos documentários musicais. A programação é longa e possui longas e curtas-metragens que apresentam diferentes abordagens do meio musical. Para ficar em poucos exemplos, serão exibidos Lemmy, filme sobre o mítico vocalista do Motorhead; Gretchen Filme Estrada, que acompanha a dançarina e "cantora"durante apresentações (em circos?) ao mesmo tempo em que concorria ao cargo de prefeita da Ilha de Itamaracá; e Upside down: the story of Creation Records, sobre o fundamental selo indie Creation, responsável pelos primeiros lançamentos de algumas das mais importantes bandas britânicas dos anos 80/90, como Oasis, Jesus and Mary Chain e Primal Scream.


As sinopses de todos os filmes estão no site oficial do festival. Abaixo, as programações do In-Edit no Rio e em São Paulo. Você também pode fazer o download do catálogo desta edição do festival.


1 de maio de 2011

Emicida, Onda Vaga (Arg), La Bomba de Tiempo (Arg), Constantina e Wado no Conexão Vivo BH

Enquanto a aguardada programação do Conexão Vivo no Parque Municipal não é divulgada o público mineiro já pode ao menos se programar para os shows que acontecerão na Praça do Papa (dias 7 e 8 de maio) e na Barragem Santa Lúcia (14 e 15 de maio). Mesmo contando com artistas consagrados como Moraes Moreira e Chico César, talvez o principal nome desta etapa do Conexão seja o do rapper paulista Emicida, que se apresentará na capital mineira pela primeira segunda vez (e no auge do burburinho em torno de seu trabalho, pós-capa da revista Trip e show no gigante festival norte-americano Coachella).

Dá para perceber que a curadoria para as praças levou em consideração a proposta de atividades culturais mais familiares e tranquilas. Além dos shows diurnos, a programação é composta, em sua maioria, por artistas mais acessíveis e com raízes na música popular brasileira. Em contraponto a isso, os artistas que considero mais interessantes são os que apresentam trabalhos mais experimentais, caso da orquestra percurssiva argentina La Bomba de Tiempo (que, segundo dizem, promove verdadeiras "raves orgânicas", como dá para ver em trechos do primeiro vídeo abaixo), da banda mineira Constantina (que se apresenta ao lado do genial Wado) e o lendário Uakti,  provavelmente um dos grupos mais instigantes da história da música brasileira.



Outros dois shows que prometem belas surpresas são o da banda argentina Onda Vaga (o "Los Hermanos" da argentina, nas palavras do Kuru Lima, coordenador do Conexão Vivo) e o encontro dos baianos Moraes Moreira, Lucas Santtana e Márcia Castro (cuja performance que presenciei em Salvador há alguns meses foi empolgante).


Praça do Papa

Dia 7, sábado, às 16h
Chico Amaral (MG)
Sérgio Santos (MG) convida Joyce (RJ)
Celso Moretti (MG) convida Sandra de Sá (RJ)
Pedro Morais (MG) convida Nina Becker (RJ) e Cobra Coral (MG)

Dia 8, domingo, às 16h
Pequenas Sessões – Constantina (MG) convida Wado (AL)
Rodrigo Borges convida Lô Borges (MG)
Onda Vaga (ARG)
Moraes Moreira encontra Lucas Santtana e Márcia Castro (BA)

Barragem Santa Lúcia

Dia 14, sábado, às 15h30
UAKTI (MG)
Grupo Curupaco (MG)
Mostra Nova Música Instrumental Mineira – Rafael Martini convida Titane (MG)
Tom Nascimento (MG) convida Chico César (PB)
Chico César (PB)

Dia 15, domingo, às 15h30
Mostra Nova Música Instrumental Mineira – Humberto Junqueira convida Flávio Henrique
Formosas – Babaya, Lu, Celinha convidam Vander Lee (MG)
Tia Nastácia (MG) convida Pupilo (PE)
Emicida (SP)
Maurício Tizumba (MG) convida La Bomba De Tiempo (ARG)

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