Pesquisar nos arquivos

30 de novembro de 2010

Festa com destaques do indie mineiro nesta quarta e quinta-feira

Com curadoria do Meio Desligado, festa do projeto Stereoteca traz pela primeira vez a Belo Horizonte show do Momo, ex-membro do Fino Coletivo, e reúne algumas das principais bandas do rock independente mineiro: Dead Lover´s Twisted Heart, Fusile e Transmissor


Parte do ciclo de festas promovidas pelo projeto Stereoteca, a StereoRock reune nos dias 1 e 2 de dezembro, no Nelson Bordello, alguns dos principais nomes da cena de rock independente de Minas Gerais: Dead Lover´s Twisted Heart, Fusile, Transmissor e Momo.

Um dos principais destaques é o Momo, projeto de Marcelo Frota, mineiro radicado no Rio de Janeiro que se apresentará pela primeira vez em BH. Depois de lançar dois álbuns aclamados pela crítica no Brasil e no exterior, Momo finaliza seu terceiro CD, do qual apresentará em primeira mão algumas canções. Na sequência do show no Stereorock, Momo toca na cidade histórica de Sabará no sábado (4.12), na sede do Coletivo Fórceps, em evento de lançamento do festival Stereoteca 2011, do qual o coletivo sabarense será gestor.


O StereoRock começa no dia 1° com as bandas Fusile e Dead Lover´s Twisted Heart e discotecagem do DJ Meio Desligado, autor do blog homônimo especializado na música independente brasileira. O Fusile vem na esteira do lançamento de seu EP de estreia, The Coconut Revolution, com o qual se apresentou em festivais de destaque na cena independente como Vaca Amarela (Goiânia/GO), Goma (Uberlândia/MG) e Transborda (BH/MG). Já o Dead Lover´s Twisted Heart é atualmente a maior banda de indie rock de BH, elogiada por publicações como Rolling Stone e Billboard. A banda lançou seu primeiro CD em 2010 e coleciona no currículo shows em importantes festivais como o Calango (Cuiabá-MT), Jambolada (Uberlândia-MG), Conexão Vivo (BH-MG), Coquetel Molotov (Recife-PE), Eletronika (BH-MG), Bananada (Goiânia-GO) e Se Rasgun (Belém-PA).



No dia 2 de dezembro, quinta-feira, as atrações são Momo e a banda mineira Transmissor. Prestes a lançar seu segundo CD, Nacional, o Transmissor realiza no Bordello seu último show no ano, após uma série de shows com convidados especiais promovidos ao longo do segundo semestre de 2010. A discotecagem da noite ficará por conta do jornalista e cineasta Bruno Natal, autor do blog Urbe e diretor do documentário Dub Echoes.


SERVIÇO
Circuito Skol Facul apresenta
StereoRock

Dia 1° de dezembro, quarta-feira, 21h
Fusile e Dead Lover´s Twisted Heart
DJ Meio Desligado

Dia 2 de dezembro, quinta-feira, 21h
Momo (RJ) e Transmissor
DJ Bruno Natal

Preço: R$ 10 (cada dia)
Local: Nelson Bordello (Rua Aarão Reis n°554, centro, Belo Horizonte, ao lado da Serraria Souza Pinto)
Informações: (31) 8491.3479 / 3564.332

25 de novembro de 2010

Podcast: Muito além do rádio convencional

Por Alexandre Potascheff, editor do Trip FM

A criação do rádio e a realização de transmissões radiofônicas revolucionaram a comunicação no início do século 20 e, durante muitos anos, o rádio foi um dos principais meios de informação e diversão da sociedade. Hoje, com a criação e popularização da internet, existe um questionamento sobre o futuro do rádio e da televisão. A meu ver, assim como o rádio sobreviveu à disseminação da televisão, ambos têm tudo para continuar atuando como importantes ferramentas de comunicação. Mais do que isso, a internet pode e deve funcionar no sentido de promover e ajudar a construir a programação da rádio.

Se antes a abrangência de uma rádio se limitava ao poder de transmissão de sua antena, ao alcance de suas ondas de rádio, hoje ele pode ser “sintonizado” em qualquer local do mundo, desde que sua transmissão aconteça, também, via internet.

Se antes os ouvintes tinham que passar horas pendurados ao telefone para pedir sua música favorita, mandar perguntas a seu ídolo, ou mesmo participar de promoções (algo freqüente no universo do rádio), hoje eles podem usufruir da internet para facilitar esse contato. E as rádios devem aproveitar essa facilidade para criar mais canais e aprofundar a comunicação com seu público, que deve participar e colaborar ativamente na construção do conteúdo.

A internet é uma excelente ferramenta de comunicação. Ela aproxima pessoas que compartilham interesses, ideias e paixões e abre um importante canal de conversa tanto entre essas pessoas quanto entre estas e as empresas. Cabe às últimas aproveitar essa via e estimular a colaboração de seus consumidores para aprimorar seus produtos e serviços. Em relação ao rádio, seja ele convencional ou on-line, não é diferente e a equação é simples. Quanto mais a rádio promove a participação do público, mais esse colabora com seu conteúdo e mais adequado ele fica à sua audiência. Se antes era necessário fazer pesquisas de opinião pública, hoje ela está aí, à disposição de quem quiser acessá-la.

Vale citar aqui um importante segmento que nasce do casamento entre rádio e internet, que são os podcasts e rádios on-line. Se antes, para ter uma rádio, era necessário uma concessão pública, hoje você pode criar com muito mais facilidade uma rádio virtual, on-line, e produzir seu próprio conteúdo¹. E esse é um mercado que cresce rapidamente. Hoje muitas marcas criam em seus sites canais de áudio, com programação similar às rádios convencionais, mas que englobam notícias sobre a empresa, promoção de seus produtos e programação musical alinhada à imagem da marca. Esses canais podem funcionar como uma rádio convencional, com o conteúdo sendo transmitido via streaming, através do qual o internauta acessa a rádio on-line e escuta seu conteúdo à medida que ele é transmitido, ou no sistema de podcast, com o conteúdo sendo disponibilizado para download e atrelado a um feed RSS. Assim, rádios e profissionais deste meio devem olhar a internet não como uma inimiga, não como uma ameaça, mas como uma aliada. Aliada que pode auxiliá-los a levar sua programação mais longe, a torná-la mais adequada ao seu público e a expandir sua atuação para além da transmissão radiofônica.

Os aparelhos podem mudar. A tecnologia de transmissão de dados pode ser outra. Mas o formato do conteúdo vai perdurar. Modificado pela colaboração do seu público, mas com a mesma essência que encanta os ouvintes há mais de cem anos.

¹ Embora a questão dos direitos autorais na internet ainda seja complicada e engatinhe, não esqueça de ficar atento!

24 de novembro de 2010

Conector Meio Desligado: Entrevista com Daniel Vasques, do Canastra e Brasov

Entrevista com Daniel Vasques, saxofonista do Canastra e do Brasov, feita durante o festival 53HC 2010, em Belo Horizonte. Daniel comenta a cena musical carioca, o estágio de produção do novo CD do Canastra (intitulado Confie em mim, produzido por Charles Gavin, ex-baterista do Titãs e gravado no famoso estúdio Toca do Bandido) e outros assuntos.

Áudio gravado em um celular Nokia N95 e editado no software livre Audacity.

Músicas:
Brasov - "Gonzalito airlines" e "Melô do sacudo"
Canastra - "Sorria" e "Chega de falsas promessas"
- trilha de fundo: The Bamboos - "The Bamboos theme"

Apresentação e edição: Marcelo Santiago
Duração: 19'20"



Outros podcasts sobre a cena cultural alternativa você acessa no Conector.

23 de novembro de 2010

Criminosos do Copyright

Por Baixacultura

Cartaz Copyright Criminals 1

Lançado nos Estados Unidos no início deste ano no canal público PBS, ”Copyright Criminals” é um documentário que destrincha uma técnica cada vez mais conhecida nestes tempos: o sampling, que poderia ser resumidamente explicado como o “ato de usar um trecho de uma produção como parte de uma produção própria“. Uma técnica que tem origem no início dos anos 1960, nas experimentações caseiras de malucos como William Burroughs e Brion Gysin, e entra na década seguinte como um dos elementos centrais do hip-hop, de onde desde então costuma ser mais associado.

O documentário trata de falar dos mais diversos aspectos da técnica, partindo dessa época de nascimento do hip hop, nos bairros negros da Nova York da década de 1970, chegando até a indústria milionária do rap deste anos 2000 (inclusive, como ilustração, há uma timeline do sampling feito pela produção do filme e disponibilizada no site da emissora PBS).

De um modo quase didático, primeiro o filme mostra algumas das, digamos, “vantagens sentimentais” do uso do sampling, como a potencialização da lembrança de músicas antigas e dos consequentes momentos em que elas foram escutadas, visto que a vida é (sempre foi) permeada de música. Isso tanto valoriza o que passou quanto traz a tona um repertório desconhecido pra pessoas que não viveram a época da música em questão, tornando-se assim um link divulgador de um contexto aplicado em um novo.

Aparece também o “outro lado”,  aquele que diz que o sampling pode ser considerado um modo “preguiçoso” de se produzir música – afinal, dizem, é muito fácil pegar algo que já está bom e por o próprio nome nisso do que compor esse trecho.  Nesse caso, joga-se os holofotes em artistas como Clyde Stubblefield, baterista de James Brown, considerado uma das pessoas mais sampleadas da história, mas que nunca ganhou nem mesmo crédito nestes trocentos samplers de sua rica batera funkeada.

Desta e outras histórias contadas ficam alguns questionamentos: usar determinado trecho de uma música e inserí-la em outro contexto, transformando do jeito que lhe parecer melhor, seria aprimoramento, progresso, regresso, roubo, criação ou o quê?

Questionamentos a parte, é claro que tem gente que não gosta que mexam com uma linha de suas músicas, especialmente quem as vê somente como mercadoria que vale X dinheiros no mercado. Visão esta que também é mostrada no filme, através de entrevista com alguns músicos e gravadoras que não aprovam quaisquer versões derivadas de “suas” canções.

copyright criminals 2
Como já falado aqui e sabido de muitos, os samplers são a base musical do hip hop, criado a partir das batidas do funk e da música de raiz negra em geral com o acréscimo dos vocais ritmados/rimados – o tal do rap, frequentemente relacionado como sinônimo de hip-hop, o que não é (entre nos links de cada uma das palavras para saber mais sobre suas diferenças).

Como toda essa importância, o hip-hop é bem representado em “Copyright Criminals” com os depoimentos de ícones como Public Enemy, Pete Rock, De La Soul e Prefuse 73. Eles falam principalmente do seu trabalho de mixers na recriação sobre criações alheias, e de como que, assim que passaram a chamar atenção com o dinheiro que geravam, tiveram sua existência notada pelos tais detentores dos copyrights das músicas, uma simpática coincidência motivada sabe se lá porquê, não?

Samplers cleared!
Desse sucesso do rap,  as “melodias emprestadas” tornaram-se “infrações de copyright”, o que fez surgir complicações judiciai$ com Djs que se utilizaram de trechos de canções de outros artistas. Não é demais dizer que muitos grupos mundialmente famosos se utilizaram de samplers, como os Beatles em Revolution 9, e muitos impérios se formaram se aproveitando de outras criações, como a Disney.

Injustiças a parte, é bom lembrar que o sampling virou um meio de subsustência pra artistas que vivem puramente disso. Não, não são os atuais barõe$ do rap. Um exemplo mais explícito são os londrinos do Eclectic Method, um trio de VJs que prefere não lançar sua produção. Isso porque tudo que eles “criam” é ao vivo, improvisando com imagens e sons de qualquer produção audiovisual. Há alguns remixes disponíveis pra download no site oficial deles e, nos canais Youtube e no Vimeo, algumas amostras do que é gerado no show deles:


Analisando tudo, em “Copyright Criminals” também há os depoimentos de advogados, promotores e professores. Destaque para as falas de Jeff Chang – autor de Can’t Stop Won’t Stop: A History of the Hip-Hop Generation – e Siva Vaidhynathan – autor de “Copyrights & Copywrongs: The Rise of Intellectual Property and How It Threatens Creativity”, disponível aqui.

*

“Copyright Criminals” é uma realização de Benjamin Franzen, fotógrafo e videomaker radicado em Atlanta, e Kembrew Mcleod, professor de comunicação da Universidade de Iowa. Entramos em contato com os dois realizadores através do site para saber se eles possuíam um arquivo de legendas. Felizmente fomos atendidos e Mcleod, roteirista e produtor executivo, simpaticamente nos enviou as transcrições das falas. Então resolvemos sincronizar as falas em inglês e traduzir para o português, disponibilizando ambas para download nos links acima.

Kembrew também é autor do livro Freedom of Expression®: Overzealous Copyright Bozos and Other Enemies of Creativity lançado em 2005, e cujo capítulo 2 serviu de inspiração para boa parte do documentário, como já tinha alertado o Remixtures. A versão pirata de “Copyright Criminals” pode ser baixada em duas partes – aqui e aqui. Esperamos que as legendas em inglês também sirvam para outras traduções – espanhol, francês e qualquer outra língua que tu queira se botar a traduzir.

Enquanto faz o download, assista ao trailer do documentário aqui abaixo:

Coberturas dos festivais Planeta Terra e Goiânia Noise 2010

O que escreveram por aí:

(ao que tudo indica, o consenso é de que o libanês Mika fez o show mais aclamado do festival)

"Pois no mundo não há mais espaço para os solos de bateria do Smashing Pumpkins e nem para que Billy Corgan saia do armário e assuma que sempre foi um metaleiro enrustido. Melhor fez Stephen Malkmus, que entendeu o espírito da coisa e caiu na farra, tocando todos os hits que os fãs queriam que ele tocasse sem se importar com o fato de que há 11 anos a sua banda não lança uma música inédita."
Vladimir Cunha no Tudo Joia

@luizcesar A melhor musica do Planeta Terra até agora foi You Shook me All Night Long, do AC/DC, que toca no brinquedo do polvo
@leticiasaad O que a familia do fred mercury prateado tava fazendo no palco dançando com o of montreal? Hahahahahaha.
@gabdietrich O Empire of The Sun foi uma eterna abertura do Fantástico. O Hans Donner ia morrer de inveja
@diboua Sou hetero mas gosto de Mika is the new Sou feia mas tô na moda.
@pamela_leme Alguns foram atigindos por bolas coloridas, Hot Pockets e copos de cerveja. Eu levei um Thomas Mars na cabeça. Pior experiência.
@vcunha Eu juro que achava que Hot Chip era um lanche novo da Sadia.
@flaviadurante O Indie Stage tá cheio de playboy e o Mainstream cheio de indie kkk
@cherguevara Billy corgan tem tanto carisma quanto uma amish deprimida.
@renatarolim Eu sempre achei homem no palco irresistível. Billy Corgan veio pra me mostrar o contrário.
@vcunha Segundo estimativas da Polícia Militar sete pessoas curtiram o show do Smashing Pumpkins no Planeta Terra.
@ianblack Pessoas que reclamaram que o SP hoje é só o Billy Corgan e amanhã vão pro show do Paul.
@URBe A maior concentração de estampa quadriculada desde Barretos.
Vários twitts reunidos pela Popload (e filtrado pelo Meio Desligado)

"Sobre as bandas egressas dos anos 1990, cujos shows eram bastante aguardados, principalmente o Pavement que nunca se apresentou antes no Brasil, é preciso dizer que por vários motivos soaram decepcionantes.
Liderada por Stephen Malkmus, um vocalista apático que toca como quem não vê a hora de terminar o set list e correr para o quarto de hotel mais próximo – não sem antes garantir o níquel – Pavement apresentou grandes canções de sua lavra como Gold Soundz, Silence Kid, Cut Your Hair e Stereo.
A banda foi salva pelo que produziu no passado e pelo saudosismo que ainda desperta no público. Fosse o caso de depender do entusiasmo de Malkmus ou de sua empatia com o restante dos músicos, um tanto animados, seria qualquer coisa próxima de soporífero. Por sorte, foi apenas burocrático na maior parte do tempo.
Pior do que o Pavement, só o Smashing Pumpkins, liderada pelo vocalista Billy Corgan, único remanescente da formação original, com quem Malkmus já teve atritos com direito a troca de farpas pela imprensa e músicas compostas para espinafrar um ao outro. A banda encerrou o festival, na madrugada do domingo (21), e deixou más lembranças como a tentativa canhestra de Corgan de tocar o hino dos Estados Unidos. Dispensável.
Ególatra e ainda compondo canções, embora longe de qualquer apelo como nos áureos tempos, Corgan transformou a própria banda, que tem músicas poderosas como Tonight Tonight, Heavy Metal Machine, Ava Adore e Hummer, numa cover de si mesma. Os músicos são competentes, em especial Mike Byrne, o baterista de apenas vinte anos; as músicas soam melhores com o tempo e resumem com seus riffs pegajosos uma época importante para a cultura pop recente. Nada disso, no entanto, é suficiente para convencer de que Corgan mantém com mão de ferro a pior ideia para a história do grupo: continuar na ativa, produzindo músicas esquecíveis e profanando as que o consagraram."
site da revista Veja


"Logo em seguida, o cantor Mika encheu o palco com sua purpurina sonora e transformou o Main Stage em uma pista de dança. Mais uma vez, um show marcado pela alta dose de teatralidade e pela performance - mais do que um bom repertório e um som bem ajustado, em um festival (no qual os shows são sempre curtos) o importante é conseguir criar uma sincronia com a plateia que faça com que o público não só peça pelos hits mas consiga compreender toda a proposta de som, imagem e representação que está no palco. Em suma, quem triunfou nesta edição do Planeta Terra foram os artistas que tiveram o domínio de sua própria linguagem."
do portal Vírgula

GOIÂNIA NOISE 2010

A expectativa para ver os americanos The Mummies era grande. Curiosos ou fãs, todo mundo foi dar uma espiadinha. E eles impressionam. Presença de palco incrível, não dá para ficar parado de tanto que eles agitam. O quarteto entra branco e sai preto do palco. Se arrastam pelo chão, Sobem um em cima do outro, o batera não se contém e levanta o tempo todo e o vocalista levanta a mesa do teclado e faz uma dancinha estilo "dança do siri".
Não dá pra ver a cara deles, é claro. Mas o olhar insano, de psicopata, pula para fora da bandagem, que eles mesmo fizeram, me contou o baterista chinês. E tão insano quanto eles era o público. Na frente, haviam uma meia dúzia que cantava todas as músicas. O som? Psychobilly, punk, putaria, garage rock e guitarras a la surf music.
Medo e terror. A banda nasceu em 1988, em São Francisco, e são aversos a CDs, só lançam vinis. E eles saem bem fedidos do palco. "Vocês lavam os figurinos com que frequência?" pergunto. "We're dead", respondem.
blog Vamo Aí

Feira Música Brasil 2010

Principal ação da Fundação Nacional de Artes no meio musical, a Feira Música Brasil acontece em Belo Horizonte do dia 8 a 12 de dezembro promovendo dezenas de shows de artistas brasileiros e encontros de negócios. em locais como o Espaço Cento e Quatro e a reaberta Funarte MG. Seu encerramento acontecerá no aniversário de BH com show gratuito de Milton Nascimento recebendo uma série de convidados especiais:  Fernanda TakaiChico CésarLenineArnaldo AntunesLuiz MelodiaMargareth Menezes. Para a abertura, especula-se que o show Futurível, que une o ex-Ministro da Cultura Gilberto Gil e a banda cuiabana Macaco Bong, seja a escolha, repetindo as apresentações realizadas em São Paulo, na abertura do II Fórum da Cultura Digital, e em Goiânia, no festival Goiânia Noise.

Há alguns dias foram divulgados os nomes dos artistas que se apresentarão na Feira, selecionados pela curadoria do projeto a partir dos mais de 2 mil inscritos. O resultado é um panorama bastante amplo da produção musical contemporânea brasileira, com relativo destaque para artistas que imprimem uma certa "brasilidade" (leia-se "regionalismos") em suas músicas. O problema é que ao se tentar abranger uma maior diversidade de estilos nomes sofríveis como Mim, entre alguns outros, tenham sido selecionados em detrimento de artistas como Wado, Burro Morto e 3namassa, relegados a posição de suplentes e que teriam muito mais a acrescentar à Feira.

Apesar disso, os artistas escolhidos aparentemente formarão uma programação bastante interessante e aliada aos objetivos da Feira, de divulgação e valorização da música brasileira. Além disso, tenho que admitir que grande parte desses artistas são desconhecidos por mim e que o fato de serem selecionados é um novo estímulo para conhecer seus trabalhos. Entre os demais, vale destacar que BH terá a oportunidade de ver (ou rever) shows de boas bandas como a Camarones Orquestra Guitarrística (que tocou em uma das festas Meio Desligado deste ano), Cabruêra, Uakti, Renegado, KL Jay, Tulipa Ruiz, Babilak Bah, Lucas Santanna, DJs Criolina e Meninas de Sinhá.

ARTISTAS SELECIONADOS PARA A FEIRA MÚSICA BRASIL 2010

Nome do Artista/Banda Origem


Música Popular :: Titulares
.
Antônio de Pádua PB
Babilak Bah MG
Banda de Pífanos de Caruaru PE
BNegão & Seletores de Frequência RJ
Cabruêra PB
Camarones Orquestra Guitarrística RN
Criolina Djs DF
Discotecagem Radiofônica Independência ou Marte SP
DJ KL JAY SP
Djiiva* MG
EDU MARTINS GRUPO RS
Ferraro Trio SE
Flávia Bittencourt MA
Grupo Uakti MG
Heloisa Fernandes Trio SP
Idson Ricart CE
Jards Macalé RJ
Lucas Santtana BA
Maestro Ademir Araújo e Orquestra Popular do Recife PE
Meninas de Sinhá MG
Mestres da Guitarrada PA
Mim SP
Ná Ozzetti SP
Patrícia Polayne SE
PatrickTor4 BA
Quarteto Olinda PE
Quixabeira de Lagoa da Camisa BA
Rabo de Lagartixa RJ
Renegado MG
Toninho Ferragutti SP
Tulipa Ruiz SP
Vitor Pirralho e Unidade AL
VOYEUR PE
Warley Henrique MG
Witch Hammer MG
.
Música Popular :: Suplentes
.
“Timbres & Temperos” Música da Amazônia! AP
3NaMassa SP
Banda Isca de Polícia SP
Bezzi SP
Black Drawing Chalks GO
Burro Morto PB
Chico Pinheiro SP
Daniel Santiago DF
Danilo Brito SP
DJ 440 PE
Juliana Kehl SP
Lucio K RJ
Luiz Tatit SP
Marcel Powell RJ
O Jardim das Horas CE
Pro.efX PA
Rita Ribeiro MA
Samba de Côco Raízes de Arcoverde PE
Tatiana Parra SP
Teresa Cristina RJ
Thalma de Freitas RJ
Wado AL
Zé Brown PE
.
Música Erudita :: Titulares
.
GIMBa – Grupo de Intérpretes Musicais da Bahia BA
Quaternaglia RJ
Quinteto Brasilia DF
Quinteto Persh RS
.
Música Erudita :: Suplentes
.
GNU RJ
LimpaTrilho SP
Quarteto de Clarinetas Clariventos MG
Sexteto de 7 PA

21 de novembro de 2010

Festival Calango 2010: Programação

Nesta quinta-feira, 25 de novembro, começa mais uma edição do Calango, um dos maiores festivais brasileiros dedicados à música independente e à cultura alternativa. Realizado pelo coletivo Espaço Cubo em Cuiabá (MT), o festival Calango deste ano terá atividades em 5 espaços da capital mato-grossense, alternando shows gratuitos e pagos (com preços entre R$ 8 e R$ 20).

Entre as bandas indicadas para se conferir no festival estão Galinha Preta, Banda Gentileza, Móveis Coloniais de Acaju, Macaco Bong, Jair Naves, 4instrumental, Cabruêra, Stop Play Moon, Graveola & O Lixo Polifônico, B Negão e Aeromoças & Tenistas Russas (todas com links abaixo, só clicar nos nomes das bandas).

Zum Zum Bar Disco

Qui (25/nov)
Noite @MakeIt Pop
Katylene (SP)
Pedro Beck (SP)

Praça das Bandeiras

Sex (26/nov)
17:00 Ponto 6 (MT)
18:00 4 Instrumental (MG)
19:00  Do Amor (RJ)
20:00 Jair Naves (GO)
21:00 Paulo Monarco (MT)
22:00 Júpiter Maçã (SP)
23:00 Macaco Bong (MT)

Sab (27/nov)
17:00 Espírito das Máquinas
18:00  Graveola e o Lixo Polifônico (MG)
19:00  Finlândia (Arg)
20:00  Os Vira Latas (MT)
21:00  Banda Gentileza (PR)
22:00  Inimitáveis (MT)
23:00  Cabruêra (PB)
00:00  Vanguart (MT)

Dom (28/nov)
17:00  Urutau (MT)
18:00  Gloom (GO)
19:00  Monocromatas (MT)
20:00  Tereza (RJ)
21:00  Lu Bonfim (MT)
22:00  Móveis Coloniais de Acaju (DF)
23:00  BNegão e os Seletores de Frequência (RJ)

Casa Fora do Eixo

Qui (25/nov)
21:00 Melting Down (MT)
22:00 The Cleaners (SP)
23:00 Aeromoças e Tenistas Russas (SP)
00:00 Kriptonita (MT)
01:00 Vietcongs (MT)

Sex (26/nov)
Noite @Touche_
00:00 Fiesta Intruders (MG)
02:00 Stop Play Moon (SP)
Djs Touché

Sab (27/nov)
23:00 Panimoral (MT)
23:45 Veniversum (MT)
00:30 Johnny Suxxx and the Fucking Boys (GO)
00:00 Lufordi (MT)
01:15 Pez (ARG)

Caverna’s Bar

Sex ( 26/nov)
23:40 Sing Out (MT)
01:00 N3CR (MT)
01:40 Ultimato (RO)

Sab (27/Nov)
23:40 Uganga (MG)
01:00 Rhox (MT)
01:40 Madame Saatan (PA)

Dom (28/nov)
Desalma (PE)
Black Mirror (MT)
Galinha Preta (DF)
Zagaia

Garage Club

Dom (28/nov)

20 de novembro de 2010

Documentário sobre festival Eletronika estreia hoje

A primeira exibição do Eletronika.doc, documentário que registra parte da história do festival Eletronika, acontecerá hoje às 18:30, no cinema do Espaço Cento e Quatro, onde o evento está sendo realizado neste ano. Fui um dos entrevistados do documentário, assim como os responsáveis pelo festival, artistas e produtores como o Miranda e Rafael Ramos. A entrada é gratuita, assim como nos shows do Eletronika 2010.

18 de novembro de 2010

Festival Eletronika 2010 em BH: programação completa

TEATRO ALTEROSA

O programa EXPERIMENTA apresenta artistas que investem na vanguarda da experimentação sonora e visual, resgatando um compromisso de origem do Festival Eletronika – o Forum de Mídias Expandidas – de promover a pesquisa e apresentar novas possibilidades neste cruzamento de linguagens.
ABERTURA ELETRONIKA + VIVO ARTE.MOV

17 de novembro(quarta) – 20h30

Artificiel

19 de novembro(sexta) – 21h

O Grivo

20 de novembro(sábado) – 21h

FAQ

ESPAÇO CENTO E QUATRO

18 de novembro (quinta) – 21hs

“DA ÁFRICA PARA O BROOKLYN E SÃO PAULO”
TANLINES
HOLGER

Dia 19 de novembro (sexta)

Wilson Sukorski (SP)
Showcase Serrassônica
OscilloID
Iconili
Rogermoore

Dia 20 de novembro (sábado)

Cumbiatronica: uma viagem latinoamericana pela novas apropriações das músicas populares para dançar.
As pistas de dança mais antenadas do planeta estão abrindo cada vez mais espaço para a música das periferias do mundo, como aconteceu com o funk carioca e o kuduro angolano.  Agora é a vez da Cumbia. O programa desta noite, com fortíssima influência da cumbia em suas mais diversas manifestações, apresenta uma viagem pelo continente que se inicia ao norte do Brasil, passa pela periferia de Buenos Aires e vai de Buenos Aires e Santiago até o México.
Patricktor4 (Belém)
Zizek Records apresenta Villa Diamante (Arg) e Fauna (Arg)
Cómeme apresenta Vicente Sanfuentes (CH) e Rebolledo (MEX)

CICLO DE ENCONTROS: Biblioteca Pública

18 de novembro – 10h às 13h

MESA 1: Encontro AmerICAS – construindo um network nas Américas
Taïca Replansky (Mutek – Canadá)
Malcolm Levy (festival New Forms – Vancouver)
Damiam Romero (Mutek – México DF)
Pablo del Bosco – (Mutek ARG)
Mediador – Marcos Boffa (Eletronika Fest – Belo Horizonte)
Objetivo: apresentar os programas e atividades da rede ICAS, e discutir as perspectivas de criação de um network internacional para o desenvolvimento da cultura/arte eletrônica e as possibilidades de um trabalho colaborativo nas Américas. Interessados em apresentar propostas ou discutir questões devem fazer pré-inscrição pelo site.

19 de novembro – 10h às 13h

MESA 2: Festival como Laboratório: a plataforma ECAS 2011 e experiências brasileiras.
Olof van Widen (ND – Today’s Arts)
Andre Mintz (BH – Marginalia Lab)
Lucas Bambozzi (SP – Vivo arte.mov)
Objetivo: apresentar e discutir o tema central proposto pelo ECAS (European Cities for Advanced Sounds) para seu programa 2011 que irá perpassar a temática de diversos festivais associados a este network. Também faz parte do objetivo discutir experiências brasileiras que fazem eco ao tema e levantar a importância da ideia de obra em processo como um elemento que conceitue os festivais como espaços de experimentação.

Sobre a pausa na semana

A equipe do Meio Desligado esteve viajando por diferentes cidades do país nos últimos dias, cobrindo festivais, shows, participando de congressos, reuniões e outras ações.

Os próximos dias continuam agitados, mas em breve voltam as atualizações em ritmo normal (e com algumas novidades).

15 de novembro de 2010

Music Alliance Pact de novembro

Download de todas as 34 músicas aqui. Atualizo este texto depois, o dia será corrido.

ÁFRICA DO SUL: Musical Mover and Shaker! 
Merseystate - Jersey Girl With a rock sound that has been compared to other stellar acts but is still uniquely their own comes Merseystate. They are the culmination of alternative rock at its best. Jersey Girl officially launched them on to the music scene last year. It's a deftly-crafted song that tugs at you then whirls into melodic pop euphoria.

ARGENTINA: Zonaindie
Alvy, Nacho y Rubin Interpretan a Los Campos Magnéticos is the result of a singular process of research, translation and reimagining of Stephin Merritt's songs. The project was crafted by three talented musicians from Buenos Aires and Mr Merritt himself revised and approved the adaptation of his songs. El Galán De La Paternal (The Luckiest Guy On The Lower East Side) is the first single and you can download it here as a MAP exclusive. The whole album is available on iTunes

I'm excited that over the next six months we'll be getting both a mini-album (in January) and a full-length release from Sydney experimental/glitch/pop crew Ghoul. It's been a long wait, but Ghoul have grown a lot since self-releasing their debut mini-LP A Mouthful Of Gold in 2008. Both the production and the songwriting have taken epic leaps toward a more nuanced, crisp sound that relies less on jazz streaks and tangential arrangements to maintain attention and more on melody and detail. 3Mark is a sign of great things to come. 

BRASIL: Meio Desligado 
Epic, dark post-rock is at the core of Sao Paulo-based band Labirinto, whose first full-length album is already one of the best Brazilian releases of 2010 and is also remarkable due to its gorgeous artwork. Anatema is the main song on the album, which is available from their Bandcamp

CANADÁ: I(Heart)Music 
On the surface, Radio Radio may seem like a joke: a couple of hipsters from New Brunswick rapping in extremely slangy French about stuff like Kenny G, luggage and, on this song, penny loafers. Dig just a little deeper, though, and you'll find the band members are actually expert satirists, skewering just about every target they can find (except for Kenny G; their love for him seems serious). With brilliant lyrics and fun music, it's no wonder the band was included in this year's Polaris Music Prize shortlist.

CINGAPURA: I'm Waking Up To...  
Nicholas Chim is a singer-songwriter who walks the thin line between being absolutely self-indulgent and giving every iota of emotion that he conveys through his music. What results is some of the most earnest songs that shine in their simplicity; yet, the complexity of his arrangements and lyrics come forth distilled and pure. Nicholas is in the middle of recording his second album, Forgiefan, but has kindly shared a contemplative, folksy offering from it entitled Midnight. He hopes you enjoy the music as much as he did writing it.


CHILE: Super 45 
Originally from southern Chile, La Reina Morsa's members took up permanent residency in Santiago with their own music projects. But their common tastes brought them together to release their debut album Dónde Están Las Jugueterías? ("Where Are The Toy Stores?"), the brand new sensation for the current season. Fiesta Pequeña ("Tiny Party") is the first single, a great presentation card for this band which creates a pop sound that features acoustic guitar, bizarre animal visions and a sweet, child-like naivety. We strongly recommend you download the full album for free, directly from the Sello Cazador website

CHINA: Wooozy  
JJay's ear-melting vocals coasting smoothly over dreamy soundscapes peppered with catchy, thudding beats and soaring synths have earned him a serious fanbase. JJay first moved from Beijing to Shanghai to study while also forming several post-punk bands. After earning a master's degree in science in the US, he returned to Shanghai and met B6 with whom he shared a passion for Depeche Mode, Kraftwerk and Royksopp. Once the voice of IGO with B6, possibly the first synthpop band in China, JJay is now pursuing solo work after the band split in 2009.

COLÔMBIA: Colombia Urbana 
Sebastian aka El Tigre is a rapper from Medellin. His new crew, Los Extraditables, are actually giving the world a new theory: Drugs aren't the only thing that can be exported from Colombia - good music can be too. Quien Como Yo is a classic dancehall track with a nightclub vibe. 

CORÉIA DO SUL: Indieful ROK 
Autumn Vacation showcases the songwriting skills of Bobby Chung - the mastermind behind former MAP artist Julia Hart - and the warm, addictive voice of Gyepy, who could previously be heard as the female vocalist of Broccoli, You Too? The duo recently put out a self-titled album full of what they hope to be perceived as thought-provoking easy listening, providing the same sense of peacefulness as strolling in a park. As lovely as anything else from the band, Dreamy Even In Deception is a light and sweet pop tune that is bound to make you crave more.

DINAMARCA: All Scandinavian  
Exactly one year ago I featured quartet The Kites and their very infectious pop-rock in the Music Alliance Pact. A month later they released the great four-track EP, The Kites Are On, and recently they followed up with this bittersweet gem, co-produced by neo-disco prodigy Vinnie Who aka Niels Bagge. Both the EP and Summer Missus are available for free at their website - so go download it. 

ESCÓCIA: The Pop Cop 
You should know fairly instantly whether Edinburgh's Bwani Junction are the band you've been waiting for when I tell you that they sound like a cross between The Libertines and Vampire Weekend. They are unsigned but, given the buzz that surrounds them, probably won't be for much longer. Two Bridges is already a singalong anthem among their rapidly increasing fanbase. 

ESPANHA: Musikorner 
Formed in mystical Santiago de Compostela in 2003, 6pm are an electronic/indie duo that has found inspiration in ambient/shoegaze bands such as Sigur Rós, Múm, Styrofoam or even The Postal Service. Letters Play, taken from their rather uknown last EP called Tape Worms, is certainly a breath of air in the Spanish ocean of indie music, where we rarely find inspiring ambient electronic tracks. 6pm are working on their sophomore album, set to be released sometime next year.

ESTADOS UNIDOS: I Guess I'm Floating 
San Diegan dudes TV Girl know how to make one hell of a pop song. On Land is quickly becoming one of our favorites of the year, matching the earnestness of Clap Your Hands Say Yeah's debut with the hooks of MGMT's most memorable songs. Their debut EP is a free download on Bandcamp. Keep your eyes peeled for TV Girl in 2011, they're gonna dominate it.

INGLATERRA: The Guardian Music Blog  
Exclusive acoustic version of the Oxford indie-dance trio's debut single, out on Moshi Moshi Records now. "Four minutes of limpid loveliness that suggests – with its gently insistent electronic pulse, swathes of shimmering synths and aching perkiness – Vampire Weekend playing New Order", says the Guardian's new band of the day writer Paul Lester. "It's our old friend, sad disco, something to dance to even as you ponder the vapidity and meaninglessness of frivolous self-expression."

FINLÂNDIA: Glue 
With a gentle touch of female voices blending together and an elegant progressive instrumentation, 70vierailijaa create charming dreamy pop to melt the cold winter nights. Their recently released self-titled debut album is full of traditional Finnish themes and melodies, but with the refreshing twist of soft indie music, in an addictive mix of old and new and of local and global sounds.

ALEMANHA: Blogpartei 
A Forest definitely run the unfair risk of being overlooked. Their musical mixture of souly electronica does not want to paint the town red. Instead, they create cautious, almost fragile songs on their debut album, Leaves Leaves Fall Fall Rain Fall, that get under your skin. The featured single, A Stereotype, is a perfect example for this sound which is founded on jazzy rhythms and soulful voices, especially from Fabian Schuetze. A Forest will release a new, as-yet untitled EP in March.

GRÉCIA: Mouxlaloulouda  
Harmur Fuglsins, an atmospheric song with cinematic aesthetics that effortlessly creates images of tender, hearth-side warmth, is the bewitching outcome of a collaboration infused by the strikingly contrasting geographical and artistic backgrounds of Film and Rökkurró's Hildur Kristín Stefánsdóttir. Curling around an eloquently subtle arrangement armed with guitars, delicate noises, pounding drums, sombre sonic textures, melodic synth lines and electronic facets and combined with the marvelous, ethereal vocal touches of Hildur brings out its tremendous beauty with every listen. 

ISLÂNDIA: I Love Icelandic Music  
First we had Sykurmolarnir, known worldwide as The Sugarcubes. Now an Icelandic electronic trio of youngsters from Reykjavik goes under the alias Sykur ("Sugar"). Their shows are fun-filled, sexy and energetic and they collaborate with local rappers and pop and rock singers. Rocketship, which has guest vocals from Útidúr singer Rakel Mjöll, is taken from Sykur's debut album Frábært Eða Frábært, which was released a year ago on the Icelandic Record Records label. 

ÍNDIA: Indiecision  
Bangalore downtempo act Sulk Station define themselves as "mellowdramatic pop", a term that captures the essence of their ambient soundscapes particularly well. The young duo's minimal yet stark productions are powered by vocalist Tanvi Rao's lazy delivery. Contentment grows from a Zero 7-esque drone to a swirling dance track which wouldn't be out of place at an EDM club downtown.

INDONÉSIA: Deathrockstar 
Ode Buat Kota, which means "an ode to the city", is taken from Bangkutaman's latest concept album about hard life in Jakarta - the pollution, traffic, crime, house loans, etc. Their music is influenced by The Stone Roses, The Byrds and The Mamas and The Papas. They are one of the most well-respected bands in Indonesia. 

IRLANDA: Nialler9 
Kasette consist of a trio of school friends who formed a music partnership while on a J-1 visa in Vancouver. They have just released their debut EP entitled A Mixed Tape which showcases the girls' brand of chamber folk-pop. Simple and soft, Kasette's music is in its infancy but it's already lilting and lovely. 

ISRAEL: Metal Israel  
Israel is comprised of many Russian-born people, some Jewish, some not. Lament For Soldier's Glory: Order 227 by Desert taps into Russian history, describing Stalin's cruel command that any soldier captured by the enemy was considered a traitor. Its haunting melodies and driving rhythms sonically depict pain and determination. And as all of Desert served (or are still serving) in the Israeli army, they know what it means to fight for survival. Vocalist Joakim Broden of Sweden's Sabaton (Nuclear Blast Records) lends his talents to the tale of war and blood. 

ITÁLIA: Polaroid 
You don't really want to know where this is going to end up. Kraut, post-rock, noise, Liars, Deerhunter... it's a scary, puzzling orgy of sounds. The amazing debut album of this young band from the town of Ravenna will fire up the imagination of anyone who has the guts to listen to it. 

Movus is a five-piece band from Guadalajara. Theirs is a very cinematic post-rock sound, filled with peaks and valleys of instrumental narratives. For their second album Maxa FireKeeper (produced by Jimmy LaValle from San Diego's The Album Leaf), they were inspired by the Huichol Indians' myths: Maxa is a deer that guards the mystical fire of the universe. Al Filo Del Origen (translated as "at the rim of the origin") is as epic as Explosions In The Sky and as evocative as a new soundtrack to the Dr Who sci-fi series.

HOLANDA: Unfold Amsterdam  
This raw trio from the north of the Netherlands label themselves as "sexy garage dance". They're certainly sexy, glamming it up at times, banging out taut, fast, noisy grooves reminiscent of Franz Ferdinand or !!! - albeit with a female vocal on top. Particularly live, they're all about big beats, sweat and dancing. However, About Birds And Bees tunes into a summery Sixties garage-pop vibe instead. And they've delightfully avoided any tweeness precedent by writing a deliciously poppy, organ-driven ode to the one-night stand.

NOVA ZELÂNDIA: Counting The Beat 
Disasteradio is Luke Rowell's one-man synthpop outfit. No Pulse comes from his second album Charisma. With this album, Disasteradio has shifted the balance a little more on to songs rather than sounds compared to past releases. The end result is an album with vocodered vocals and a crunchy new wave feel - part Devo, part Gary Numan and part computer game. Charisma is available on Bandcamp and you can watch the video for No Pulse on YouTube

NORUEGA: Eardrums 
Young Dreams is a Bergen-based collective who make beautiful pop with equal doses of tropical flavours and Phil Spector/Brian Wilson influences. The project started in 2009 and now has as many as 10 members, including profiled musicians such as Matias Tellez and Chris Holm. Young Dreams will release two 7" singles in early 2011 and their debut album is in the making. They will also perform at the upcoming by:Larm festival.

PERU: SoTB  
The Satellite began their activities as a band in 2006 with a slight tendency towards post-rock, fusion and experimentation, using any sound that was available. In 2008, with a consolidated style, they released their second EP, 124, which contains El Sol. The band is currently composing more musical pieces and looking forward to making a debut album which they hope will come out very soon.

PORTUGAL: Posso Ouvir Um Disco?  
Emmy Curl lives in a northeast Portuguese town and has studied classic guitar in a music conservatory. However, her songwriting and singing is closer to a mix of ethereal and alternative folk than to anything classical. Imagine a blend of Lisa Germano and Suzanne Vega. She is one of a number of promising unsigned Portuguese artists and is due to have her first European tour. 

ROMÊNIA: Babylon Noise 
Daniel Dorobantu comes from Timisoara and is the mastermind behind this beautiful experimental/ambient project. A bit dark and somehow persistent, Thy Veils' music is that soundtrack you always wanted for your weird dreams. And if you have trouble dreaming, visit the official site, where a slideshow of the band's videos (The KnifeChild included) will help with the visuals. 

SUÉCIA: Swedesplease 
Sneak Preview by Johan Hillblom may be underproduced but that doesn't mean it's amateurish. The trumpet solos are great, the odd beats cool, and Johan's crooning vocals clear and crisp. The lyrics are personal and clever without being pretentious. Examples include "you should see the gallery in my cellphone, you look like an angel from every angle" and "once when I was drunk I accidentally poked you on Facebook, and what's worse you didn't poke back". If you are looking for the next Jens Lekman or Montt Mardié (or the next cast member of Glee for that matter), look no further.

SUÍÇA: 78s 
You say Nick Cave, I say Alban Ringli. Never heard of him? Alban Ringli is the singer of Swiss indie-folk outfit The Circle Brothers and he gives his two bandmates (who also happen to be his brothers) a special touch in a Nick Cave manner. They have just released their new record Love and Disorder. It sounds gloomy and anxious but still has a gleam of hope. 
 
VENEZUELA: Barquisimento 
Venezuelan rock band Mochuelo are known for their electronic sounds and all of the members pour their influences into one unique concept. Their guitar distorsions, contagious rhythms and sweet female vocals saw this band walk away with first prize in the 2005 New Bands Festival. La Reina Del Lugar is from their second album, Un Tanto Mas.

Arquivos do blog