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28 de novembro de 2018

Onde estão as apostas do MySpace de 10 anos atrás?

Jovens podem sequer saber, mas não muito tempo atrás o Myspace era a maior rede social do mundo. Por um período em 2006, chegou a ultrapassar o Google como o site mais visitado dos Estados Unidos. Após ser comprado por U$ 580 milhões em 2005, acabou vendido por apenas U$ 35 em 2011. Enquanto no exterior o site foi o responsável por tornar famosos artistas como Arctic Monkeys, Lily Allen e Calvin Harris, no Brasil o principal caso de sucesso do Myspace foi Mallu Magalhães.


Em 2008, enquanto o site ainda estava no auge, publiquei aqui a lista de apostas do Myspace Brasil para aquele ano. 10 anos depois, o que aconteceu com essas bandas? 

Terminal Guadalupe e Instiga acabaram, assim como (espero) Granada e Stuart. O Udora terminou e alguns de seus integrantes tocam hoje no Oceania, enquanto o Leonardo Marques embalou carreira como produtor musical e artista solo. Macaco Bong e Los Porongas continuaram lançando discos com outras formações, entre altos e baixos. A UDR foi condenada na justiça e proibida de continuar a se apresentar. O Violins está inativo, com shows esporádicos. De todos listas 10 anos atrás, somente a Ana Cañas se manteve em ascensão, tornando-se nome de relativo destaque entre a MPB e o rock.

Como bônus, uma curiosidade: quem subiu esse mini documentário sobre o Udora no Youtube, em 2009, foi o Lauro Kirsch, anos antes de ficar famoso como baterista do Far From Alaska.

30 de julho de 2012

Formato "álbum" na mira dos assassinos da era digital

(Escrito em 2009 e na pasta de rescunhos desde então)

Uma das maiores características da música nesta primeira década do século 21 é um certo "retorno" ao formato dos singles no que diz respeito ao modo como as pessoas se relacionam com a música. A liberdade permitida pela digitalização da música, velozes conexões de internet e tecnologias mais avançadas de pesquisa e troca de arquivos permitiram que cada vez mais pessoas tivessem o controle sobre o que e quando ouvir. Sem a necessidade de se comprar, obrigatoriamente, álbuns completos nas lojas, cada um pôde buscar músicas isoladamente em serviços de compartilhamento, sites como MySpace e Virb ou comprar apenas a música que lhe interessasse em formato digital nos iTunes da vida.

Se até mesmo o download de músicas é questionado para um futuro recente, dando espaço ao streaming (uma vez que todos estaremos conectados continuamente, não necessitando o arquivamento das músicas em nossos meios pessoais de reprodução), o que dizer da permanência do formato álbum para o lançamento dos trabalhos dos artistas?

Continuará sendo viável comercialmente gastar tempo e dinheiro para se reunir entre 9 e 15 músicas, em média, para serem lançadas juntas? Os LPs (dos original "long play") ainda são uma forma de expressar uma série de músicas conectadas por uma série de ideias ou conceitos (mesmo quando não caem na usual chatice do "álbum conceitual"), gerando uma unidade, ou se tornaram, no geral, apenas mais um vício cômodo do mercado musical?


31 de janeiro de 2011

Como colocar o player do MySpace em blogs e sites

Encerrando a série de tutoriais para "adaptar" ferramentas de publicação de áudio eis um mini-tutorial de como colocar o player do MySpace em blogs e sites. Sim, você pode usar o player do MySpace no seu blog, por exemplo, e com isso potencializar a divulgação de sua música ou dos artistas dos quais gosta.

Neste caso, uso como exemplo a banda instrumental Constantina, de Belo Horizonte, que está se preparando para tocar no festival SXSW 2011 no Texas (EUA) e aos poucos tem divulgado as canções de seu novo álbum, intitulado Haveno (o primeiro com a formação de sexteto).

Para fazer o teste utilizei o código do player acima, do Constantina, para transformá-lo no player da banda 4instrumental, uma das apostas do Meio Desligado para 2011.


O código é um pouco monstruoso e para que ele ficasse visível substituí o caracter "<" por "???". Ao usar o código aperte CTRL + F e busque pelos ???, substituindo-os pelo sinal de "<".

???object align="middle" height="230" id="myspace" name="myspace" width="450"> ???param name="movie" value="http://lads.myspacecdn.com/videos/Main.swf">
???param name="allowFullScreen" value="true">
???param name="allowscriptaccess" value="always">
???param name="wmode" value="transparent">
???param name="flashvars" value="uid=-1&pcc=pt-BR&cc=pt-BR&el=http%3a%2f%2fwww.myspace.com%2f4instrumental&pertid=8a30d7d347ee51710000000000000000&pguid=4eb6550188224ee789420493fd1ec638&hash=MIGmBgkrBgEEAYI3WAOggZgwgZUGCisGAQQBgjdYAwGggYYwgYMCAwIAAQICZgMCAgDABAhr3pCBUjvGfAQQeVuqQ%252fIBsf%252fG%252fjcSUB2eCgRYyRjO986fGOys3%252bpPIHInHAPe5tATqwFaH86bbEjCaFhC787JiSsx1YnQZ7W5jkdbjj%252bYPMsH8zo35lIiKMfQBTbQauXbEmY9gmKcsrZL9QniJjph2bJRpQ%253d%253d&skinid=17&skin=http%3a%2f%2flads.myspacecdn.com%2fvideos%2fartistInternational.xml&isus=false&on=1&afsongs=4&ayt=15&c1=0x320A58&c2=0xE36C1D&c3=0x363636&c4=0x00ADEE&cip=189.107.181.9&sip=172.16.0.2&ili=false&proftype=7&pfc=SitesProfile&plid=22172&profid=388430374&ptype=4&artid=12735659&pmix=False&shuffle=False&ap=1&fast=2&fatt=0&fadd=5&fapf=False&rast=5&ratt=0&radd=0&rapf=False&bast=-1&batt=-1&badd=-1&bapf=False&aytast=-1&aytatt=-1&aytadd=-1&xad=1&yad=1&zad=-1&xadoff=1&yadoff=1&zadoff=-1&facp=1&racp=1&showaa=False&xnoad=-1&ynoad=-1&znoad=-1&xnoadcp=-1&ynoadcp=-1&znoadcp=-1&xnoadpf=False&ynoadpf=False&znoadpf=False&v=1.0.1.177&noalbslider=1&novidslider=0&fscd1=30&fscd2=60&enableembeds=0&enablemgl=1&ar=0&g=0&isstusr=1&pertid64=8165569591663603850&ptime=60&pcnt=1&showmm2=True&ctzinfo=-2&sabd=60&usefu=1&hostenv=www.&t=1&mt=audio&logerr=0&bacp=0" />
???embed src="http://lads.myspacecdn.com/videos/Main.swf" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" flashvars="uid=-1&pcc=pt-BR&cc=pt-BR&el=http%3a%2f%2fwww.myspace.com%2f4instrumental&pertid=8a30d7d347ee51710000000000000000&pguid=4eb6550188224ee789420493fd1ec638&hash=MIGmBgkrBgEEAYI3WAOggZgwgZUGCisGAQQBgjdYAwGggYYwgYMCAwIAAQICZgMCAgDABAhr3pCBUjvGfAQQeVuqQ%252fIBsf%252fG%252fjcSUB2eCgRYyRjO986fGOys3%252bpPIHInHAPe5tATqwFaH86bbEjCaFhC787JiSsx1YnQZ7W5jkdbjj%252bYPMsH8zo35lIiKMfQBTbQauXbEmY9gmKcsrZL9QniJjph2bJRpQ%253d%253d&skinid=17&skin=http%3a%2f%2flads.myspacecdn.com%2fvideos%2fartistInternational.xml&isus=false&on=1&afsongs=4&ayt=15&c1=0x320A58&c2=0xE36C1D&c3=0x363636&c4=0x00ADEE&cip=189.107.181.9&sip=172.16.0.2&ili=false&proftype=7&pfc=SitesProfile&plid=22172&profid=388430374&ptype=4&artid=12735659&pmix=False&shuffle=False&ap=1&fast=2&fatt=0&fadd=5&fapf=False&rast=5&ratt=0&radd=0&rapf=False&bast=-1&batt=-1&badd=-1&bapf=False&aytast=-1&aytatt=-1&aytadd=-1&xad=1&yad=1&zad=-1&xadoff=1&yadoff=1&zadoff=-1&facp=1&racp=1&showaa=False&xnoad=-1&ynoad=-1&znoad=-1&xnoadcp=-1&ynoadcp=-1&znoadcp=-1&xnoadpf=False&ynoadpf=False&znoadpf=False&v=1.0.1.177&noalbslider=1&novidslider=0&fscd1=30&fscd2=60&enableembeds=0&enablemgl=1&ar=0&g=0&isstusr=1&pertid64=8165569591663603850&ptime=60&pcnt=1&showmm2=True&ctzinfo=-2&sabd=60&usefu=1&hostenv=www.&t=1&mt=audio&logerr=0&bacp=0"  allowfullscreen="true" wmode="transparent" width="450" height="230">


Neste caso do player do MySpace o que você deve fazer é:
  1. Ir até o perfil da banda cujo player será utilizado
  2. Acessar o código fonte da página. No Google Chrome basta clicar com o botão direito e escolher a opção "exibir código fonte da página", no Firefox o procedimento é o mesmo e a opção é simplesmente "código fonte". 
  3. Tendo acesso ao código, utilize novamente a busca por caracteres (CTRL + F) e procure por "flashvars".
  4. Copie tudo que estiver dentro das aspas logo após a palavra "value".
  5. Substitua o código em negrito, abaixo, pelo código que você copiou. Faça tudo no bloco de notas para evitar que a formatação html influencie no processo.
  6. Perceba que o mesmo código deve ser inserido em dois pontos diferentes do código geral, não se esqueça disso.
  7. Caso queira alterar o tamanho de exibição do player, altere os valores de "width" e "height" no código. Eles aparecem duas vezes, uma no início e outra no fim do código.
  8. Troque todos os ??? pelo sinal correto, copie e cole o código no editor hmtl utilizado por você para publicar (para quem usa Blogger, Wordpress ou Tumblr, essas ferramentas possuem botões simples para exibição de html bem na página de publicação de posts, é bem fácil).
  9. Agradeça a existência da internet e do Meio Desligado. Se você passar a visitá-lo diariamente, além de contar pros amigos que esse é um blog bacana, eu é que agradeço. Porque, você sabe, quem não gosta, gosta e quem não gosta, curte.

8 de novembro de 2010

MySpace tentando dar a volta por cima?

Os últimos meses marcaram alterações estéticas e funcionais no MySpace, que anunciou sua nova (e ousada) logomarca e mudanças em seu foco de atuação, deixando de tentar se destacar como "plataforma de música" para reforçar sua marca como um grande portal de entretenimento (com seu conteúdo criado ou filtrado pelos milhões de usuários do site).

A aguardada nova versão do MySpace ainda não está em funcionamento mas, a julgar pelo que é apresentado no vídeo de divulgação, promete esquentar um pouco a disputa por usuários entre as redes sociais.

24 de junho de 2010

O que a geração MySpace deveria saber sobre trabalhar de graça

Não é necessariamente pelo que é apresentado no texto "O que a geração MySpace deveria saber sobre trabalhar de graça", de Trebor Scholz, que gosto desse artigo, mas pela reflexão que o mesmo pode estimular (ou estimulou em mim). Parte do e-book  (livro digital) Apropriações do (in)comum: espaço público e privado em tempos de mobilidade, lançado em 2008 pelo festival Arte.mov em parceria com o Instituto Sérgio Motta, o texto provoca questionamentos sobre uma atuação mais consciente nas redes sociais virtuais (assim como na internet de forma mais abrangente) e é facilmente aplicável à presença da música na internet. Afinal, nossas escolhas e ações são partes ativas na definição do mercado musical (assim como na construção de tudo ao nosso redor), mesmo que não detenhamos o poder exclusivo de determinar os resultados.

Escolhas aparentemente simples como focar toda a divulgação de um artista no MySpace, por exemplo, têm muito a dizer sobre o mercado musical atual. Por que escolher exclusivamente o site norte-americano, que sequer permite a opção de download das músicas, e não o brasileiro TramaVirtual (que ainda PAGA a banda pelos downloads realizados de suas músicas) ou a interessante plataforma BandCamp, que além de streaming (audição das músicas) possibilita o download de álbuns completos em diferentes formatos (.mp3 em alta ou baixa qualidade, .ogg, flac, etc) e até mesmo que as músicas sejam vendidas?

É preciso pensar de forma mais abrangente, visando diferentes momentos da cadeia produtiva. Se mais artistas passarem a utilizar o TramaVirtual a tendência é que mais pessoas acessem o site. Em decorrência do aumento no número de acessos, a Trama poderia negociar novos patrocinadores para o site, valores mais altos. Observando o sucesso da iniciativa, outras empresas poderiam adotar o mesmo modelo de remuneração (ou semelhantes, como uma junção do modelo TramaVirtual + Bandcamp). Resultado: mais dinheiro para os artistas, melhor distribuição da produção e da renda, maior formação de público.

Esse é apenas um exemplo, mas o que importa é que enquanto os próprios artistas permanecerem atrelados a estratégias do mainstream não haverá estrutura acessível e funcional para que os independentes possam se estabelecer de forma sustentável.

Abaixo, o texto que estimulou essa publicação. Para download completo do livro digital do qual o artigo faz parte, acesse este link do Instituto Sérgio Motta.

"Se você concorda com a teoria da “performance virtuosa” e “do ato de ser um falante” de Paolo Virno e Maurizio Lazzaroto como o mais novo trabalho imaterial (do Norte), aí sim, a web social é a nova fábrica sem paredes. Eu não assino embaixo da naturalização da exploração do trabalho que é tão querida pelo capitalismo. Onde estão as pessoas que se preocupam se os grandes lucros são feitos da sua criatividade distribuida? A maioria dos participantes não é consciente do seu papel no comportamento do mercado. 

Os sites mais centrais na World Wide Web criam massivos valores excedentes e pequenas iniciativas são freqüentemente compradas pelos Walmarts da internet (NewsCorp, Yahoo, Google) no exato momento que eles atraem numero suficiente de visitações nas paginas. As pessoas passam maior parte do tempo nos sites desses gigantes e não em lojas menores e caseiras (“mom and pop stores”). Cerca de 12% de todo o tempo gasto por americanos na internet é gasto no MySpace. 

Nicholas Carr assinalou que 40% de todo o tráfego na web é concentrado em 10 websites. (www.sina.com.cn, www.baidu.com, www.yahoo.com, www. msn.com, www.google.com, www.youtube.com, www.myspace.com, www. live.com, www.orkut.com, e www.qq.com). 

A maioria destes sites devem a sua popularidade para a riqueza de conteúdo gerada pelos visitantes que passam uma quantidade significativa de tempo sobre estes poucos, muito poucos sites, criando assim riqueza para um punhado de proprietários corporativos. O que atrai as pessoas para dentro? 

Numa recente entrevista à Forbes Video Network, Jay Adelson (CEO do Digg.com) foi questionado “o que vai fazer as pessoas voltarem?” Adelson respondeu: “Comunidade é o que realmente faz com que as pessoas voltem. Estas pessoas são apaixonadas pelo o que o Digg tem feito por elas. A experiência como usuário que obtêm ao ser parte dessa comunidade só está melhorando a cada dia.” Atenção se traduz em valor monetário concreto e a comunidade é o produto. O capitalismo cru offline é replicado na forma online, muito contra as esperanças de uma recente cibernética e o “de volta a terra” interligado, aspirações contra-culturais do final dos anos 60 e inicio dos 70 as quais Fred Turner escreve sobre.

A dinâmica do - sendo utilizado - pode deter muito menos verdades para websites periféricos na concêntrica hierarquia da web participativa. A “ mom and pop store “ online tem uma relação muito mais benevolente dos benefícios dos participantes em contraposição as despesas de funcionamento da empresa. E depois existem também duas ou três iniciativas sem fins lucrativos como o Archive.org e Craig Newmark sustentando a “forte esperança”. Eles não estão, com certeza, dominando a leitura e escrita na web. 

O “trabalho afetivo”, imaterial, das redes publicas produz dados. Contribuintes comentam, codificam, classificam, encaminham, lêem, assinam, conectam, moderam, fazem remixagens, compartilham, colaboram, escolhem favoritos, escrevem, trabalham, jogam, conversam, fofocam, discutem e aprendem, Eles preenchem perfis: 120 milhões de pessoas compartilham informações pessoais com a NewsCorp, por exemplo. 18 milhões de estudantes compartilham tamanhos detalhes em seus Facebooks com o Yahoo. Eles compartilham informações sobre suas musicas e clubs favoritos. Eles não ficam tímidos ao listar os livros que estão lendo e os filmes que estão assistindo. Eles detalham suas orientações sexuais e informações postais com cidade, telefone e e-mail. Eles compartilham fotos, histórico educacional e empregos. Perfis, mesmo quando somente visível aos amigos (e claro, ao Yahoo) que listam suas atividades diárias, interesses gerais e amigos.

Parece evidente que toda esta sociabilidade em rede canalizada representa valor monetário. Depois da bomba pontcom, os titãs do Google não iriam comprar um website de vídeos jovem como o You Tube, pelo valor da Companhia New York Times, se não houvesse um claro valor monetário. 

A ética arriscada relacionada à propriedade e exploração do trabalho do “núcleo da web sociável” se torna aparente se olhamos as políticas de privacidade do Yahoo para o Facebook. “O Facebook também pode coletar informações sobre você de outras fontes, tais como jornais, blogs, serviços de mensagens instantâneas, e outros usuários do serviço Facebook por meio da operação do serviço (por exemplo, tags em fotografias), a fim de lhe fornecer mais informações úteis e uma experiência mais personalizada". 

É um sonho se tornando realidade para qualquer pesquisador de Mercado. Mas isso não é brecado por políticas de privacidade bizarras, o Yahoo também reivindica seus direitos sobre o conteúdo do Facebook: “Ao postar conteúdo de usuário em qualquer parte do site, você automaticamente concede, e você representa e garante que tem o direito de conceder, a Companhia uma irrevogável e perpétua, não exclusiva, transferível, totalmente paga, licença mundial (com o direito de sublicenciar) para usar, copiar, executar publicamente, exibir publicamente, reformatar, traduzir, trechos (no todo ou em parte) e distribuir tal conteúdo... “ 

A imagem da rede publica- sendo usada - é, no entanto, complicada pelo fato de que os participantes inegavelmente ganham muito pela participação. Existe o prazer da criação e o mero gozo social. Participantes ganham amizades e um sentimento de pertencer a um grupo. Eles compartilham suas experiências vivenciadas e arquivam as suas memórias. Eles estão conseguindo empregos, acham companhia e provavelmente contribuem para um bem maior. 

A dimensão e grau de exploração do trabalho imaterial é mais inquietante quando olhamos para o site com maior tráfego. A web sociável torna mais fácil às pessoas usar e essa dinâmica poderá somente ser amplificada através do aumento da conexão de aparatos móveis aos grandes sites de rede social."

Imagem: Uribaani

24 de junho de 2009

Coincidências?

"Não tem nada de ruim acontecendo. Só de ter desmoronado o que já estava construído há anos é um ganho. As coisas acontecem em ciclos. Começa com um cara tocando uma música legal e alguém querendo ajudar. Esse alguém monta uma empresa para lançar aquele artista. Aí o negócio vai crescendo, começa a abranger mais gente. Vai ficando tão grande que chega uma hora que quem está no poder não é mais aquele cara que gosta de música — ele já partiu para outro empreendimento. No seu lugar entra alguém que veio do marketing, que não tem nada a ver com a arte. Foi o que a gente viveu na indústria da música. Poucas pessoas que amavam a música estavam envolvidas com o negócio".

Engraçado ler a fala do produtor Carlos Eduardo Miranda, publicada na revista Bravo! deste mês, justamente no momento em que o MySpace Brasil (e outras representações internacionais da empresa) estão próximas de fechar.

Some a isso as férias coletivas no Yahoo! e a saída dos fundadores do Last Fm e temos um cenário não muito favorável ao mercado digital.

E para quem estiver interessado no futuro do MySpace, eis alguns links interessantes:
Após menos de dois anos, MySpace vai fechar escritório no Brasil
MySpace Brasil fecha as portas
Funcionários do MySpace confirmam fim na web
O MySpace diz quase nada, mas Twitter e e-mails confirmam fechamento
Fundadores deixam o comando do MySpace

25 de julho de 2008

Primeira festa do MySpace Brasil acontece em BH com The Twelves e Digitaria

A dupla The Twelves, um dos principais expoentes da nova cena eletrônica brasileira, é uma das atrações da primeira festa realizada pelo MySpace no Brasil, que acontece na boate Roxy, em Belo Horizonte, no dia primeiro de agosto. O MySpace já realiza seus "secret shows” com bandas independentes (como Superguidis e Autoramas) há algum tempo, mas esse é o primeiro evento definitivamente com o caráter de festa a ser promovido pelo site.

A festa marca o lançamento do perfil Nightlife do MySpace, criado em parceria com o site Rraurl, e que, como o nome indica, é dedicado à vida noturna e festas de música eletrônica.

DigitariaAlém do Twelves (que já fez remixes para bandas como New Young Pony Club e Black Kids), a noite ainda conta com apresentações da Digitaria, dupla mineira de electro-rock com forte presença no exterior e que prepara o lançamento de seu segundo álbum para os próximos meses, Roots Rock Revolution e os DJs Fred Mafra e Fael.

5 de maio de 2008

Muitas novidades

Cartaz da edição 2006 do Skol BeatsSkol Beats 2008
Interatividade é a máxima da edição deste ano do já tradicional festival de música eletrônica Skol Beats. Todo o evento será criado a partir da opinião do público, que poderá votar em todas as etapas, desde a definição das atrações nacionais e internacionais ao horário das apresentações.

As votações acontecem por etapas (DJs internacionais / DJs brasileiros / VJs / formato - local e horário / ações de responsabilidade social) no site oficial, via mensagens de celular ou nas urnas espalhadas por boates e bares de São Paulo.

No total, serão escolhidos 7 atrações musicais internacionais e 5 nacionais. Os nomes escolhidos serão divulgados em 22 de agosto e o Skol Beats 2008 acontece 27 de setembro, em São Paulo.

Parceria Abrafin / TramaVirtual
Em 2007, o TramaVirtual esteve presente em vários festivais da Abrafin, realizando a cobertura dos eventos para seu site e o programa de TV, além de intermediar as negociações junto a Sol, cerveja que patrocinou os festivais da associação.

Este ano a parceria vai além com o TramaVirtual investindo dinheiro diretamente na Abrafin. O valor comentado é de R$ 150 mil, sendo que R$ 100 mil seria dividido entre 12 festivais escolhidos pelo próprio TramaVirtual, e os R$ 50 mil restantes utilizados para despesas de administração da associação.

Álbum Virtual
Ainda sobre o TramaVirtual, nas próximas semanas o site estréia o serviço intitulado “Álbum Virtual”, através do qual álbuns completos de bandas independentes serão liberados para download durante três meses. Nesse período, o CD em questão (incluindo a arte gráfica do encarte) estará disponível em um hotsite patrocinado por alguma empresa, que irá remunerar a banda de acordo com o número de downloads realizados.

Os primeiros álbuns lançados no serviço provavelmente serão Artista Igual Pedreiro, CD de estréia do trio cuiabano de rock erótico instrumental Macaco Bong, e o novo trabalho de Tom Zé.

Venda de mp3 no MySpace
Experiências semelhantes ao “Álbum Virtual” da TramaVirtual são realizadas pelo MySpace no exterior. Recentemente, por exemplo, o novo CD da banda de hardcore melódico Pennywise esteve disponível para download na íntegra para quem adicionasse como amigo o perfil de uma determinada empresa, que patrocinou a empreitada.

Para as bandas menores, o MySpace também tem parcerias que permitem aos artistas venderem suas músicas através do próprio site. No Brasil, no entanto, as bandas deverão poder utilizar serviços semelhantes apenas em 2009 ou no final deste ano.

Enquanto isso, o site fecha parcerias que possibilitam a venda de músicas de artistas das gravadoras Universal, Sony BMG e Warner, que incluem nomes como Justin Timberlake, Avril Lavigne e Amy Winehouse, no exterior, e Ivete Sangalo, NXZero e outros, no Brasil.

R$ 3 mil no bolso através de downloads
É isso o que o Dance of Days chega a receber por mês através do download remunerado da TramaVirtual.

MySpace substituindo sites?
Muita gente já prefere visitar os perfis das bandas no MySpace do que acessar seus respectivos sites oficiais. Já há algum tempo, diversas bandas independentes sequer planejam criar um site próprio, uma vez que o MySpace e similares atendem suas necessidades e não demandam investimentos financeiros como hospedagem e desenvolvimento do site. O interessante é que é cada vez mais comum o uso “corporativo” do MySpace, como no caso de festivais e casas noturnas, em alguns casos até mesmo substituindo a criação de um site oficial pela ferramenta. A boate belo horizontina Deputamadre é exemplo disso.

No caso dos festivais, dá pra citar o Abril Pro Rock, Stereoteca e Eletronika como alguns dos que utilizaram o site como plataforma de divulgação e aproximação junto ao público, buscando maior interatividade.

4 de janeiro de 2008

As apostas do MySpace para 2008

A equipe do MySpace Brasil enviou um "recado" para seus amigos com suas apostas para a música brasileira em 2008 e a lista está repleta de nomes conhecidos de quem costuma ler o Meio Desligado, olha só:

"...esses são os 10 artistas que recomendamos que você fique de olho em 2008"


Com exceção da horrível Granada (mais uma porcaria emo clone de NX Zero), trata-se de uma boa lista. Deslizaram também ao escrever que Los Porongas é de Minas Gerais, sendo que a banda é, na verdade, do Acre.

Aproveitando, segue abaixo a lista feita pela mesma equipe com seus álbuns nacionais favoritos de 2007:

Cachorro Grande . Todos os Tempos
Superguidis . Amarga Sinfonia de um Superstar
Terminal Guadalupe . A Marcha dos Invisíveis
Astronautas . O Amor Acabou

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