Com certo atraso, a nova edição da coletânea mensal Cena Independente, publicada por blogs de diferentes Estados brasileiros com representantes locais da música independente/alternativa.
Matéria Prima – Paraísos
Artificiais
hip hop
Um dos vocalistas do Zimun, banda
belo-horizontina que mistura hip hop e jazz, Matéria Prima lançou em 2012 o EP
"Material de Estudo", seu primeiro trabalho solo. Resultado das
parcerias com diversos produtores, o EP apresenta uma sonoridade contemporânea
e urbana, com letras que retratam a vida cotidiana nas cidades e seus desafios.
Para
quem gosta de: Zimun, Quinto Andar, Emicida
O
Jardim das Horas – Incontrolável
experimental/música
boa style/trip-hop
Um dos trios
mais legais desse país nasceu debaixo do sol escaldante de Fortaleza e isso me
causa muito orgulho. Laya Lopes (voz), Carlos Eduardo Gadelha (guitarra e
programação) e Raphael Haluli (baixo) fazem uma misturada linda da malemolência
de quem-caminha-no-meio fio-da-linha-do-equador e de um trip-hop que lembra
bastante Portishead. Não tem como não se envolver e navegar na voz macia de
Laya. Em 2010 lançaram seu primeiro disco “O Quarto das Cinzas”, que já batizou o nome da banda. Assistir
um show deles é como entrar numa realidade alternativa, onde tudo caminha mais
devagar e transborda desejo. Desejo de continuar, de entrar em combustão, de
mergulhar na surpresa.
Para quem
gosta de: Portishead, música boa, malemolência, encontros.
Mais de O Jardim das Horas no blog
Fukai – Zion
rock alternativo/surf rock
Formado por
remanescentes do Fewell, o Fukai começou suas atividades em junho deste ano com
a proposta de fazer um som com forte influência do rock alternativo noventista
numa vibe good trip que embale e faça dançar. “Zion”, seu primeiro single,
guarda também certa afinidade com o surf rock. A faixa deve entrar no primeiro
EP dos caras a ser lançado ainda neste ano. O material foi gravado e mixado por
Dante Augusto (Calistoga), que acabou entrando na banda no final do processo.
Para quem gosta de: Incubus e John Frusciante
The
Perfect Needle – Look Around
noise/post-punk/shoegaze
Vocais ecoados e obscuros, que remetem
ao começo do post-punk, se somam a guitarras barulhentas e cheias de microfonia
para dar origem ao som do The Perfect Needle. A banda é, na verdade, o projeto
paralelo de Thiago Werlang, um dos membros da boa Looking For Jenny, grupo
paulistano que já indicamos na sétima edição da Cena
Independente. Com ótimas referências no gatilho, Thiago aproveita
bem os três minutos de seu primeiro registro solo para fazer uma estreia
imponente e cheia de potencial.
Para quem gosta de: A Place To Bury Strangers, New
Order, The Horrors
V-Road – Survive
grunge/rock
V-Road é uma das mais novas bandas da
cena teresinense. Misturando acordes simples a distorções fortes e letras que
refletem indiretamente a insatisfação de uma existência humana, a banda acaba
de lançar o single “Survive”, gravado no OrangeStudio com participação do guitarrista
Renato Rocha do Detonautas Roque Clube sob uma perspectiva “berrante, marcante
e excitante”. A faixa foi lançada juntamente com um clip a partir dos registros
de estúdio.
Para quem gosta de: Nirvana, Pearl Jam, Foo Fighters
Trino
– Oposição
death/thrash
metal/hardcore
A união do
heavy metal extremo ou do hardcore pesado com a temática cristã parece ainda
ser vista com certo desgosto, tanto da parte de quem curte umas pancadas na
orelha como dos religiosos. Só que num contexto geral Trino protesta contra a
própria religião e seu poder de alienação e manipulação, se declarando
abertamente antirreligiosa. Esse ano, após uma reformulação no line-up,
lançaram o AntiBesta, um disco novo mas com algumas regravações, como
Oposição, Sofisma e 666 Corporation.
Para quem gosta de: Sangue Inocente
Mad Matters – Seems Like Crushed Rock
rock'n’roll
Com menos de dois anos a galera da Mad
Matters já compartilhou o palco com bandas como Forgotten Boys e Macaco
Bong. Fazendo seu rock 'n’ roll que, diga se de passagem, é da melhor
qualidade, a galera da Mad Matters já tocou em festivais como Vaca Amarela e
Grito Rock, ambos festivais independentes renomados aqui no Goiás. Indico
aqui “Seems Like Crushed Rock”, música que faz parte do 1º EP da banda que, por
sinal, está disponível para download no TNB dos caras. Então não percam tempo,
corram lá e baixem logo. Espero que curtam, o som Mad Matters é "mió
que tá teno'. \é/
Para quem gosta de: Hellacopters, Wolfmother e
rock 'n roll de qualidade
Poste – Por que diabos
hard rock
Formada por Alexandre Facchini, sua
filha Marjorie na guitarra e seu irmão Marcus no baixo, trata-se de um projeto
paralelo para reunir a família. Mas tratando-se dos Facchini é sempre garantia
de coisa boa. Fica expectativa se em algum almoço de domingo eles decidem
transformar o projeto na próxima grande banda vinda do MT.
Para quem gosta de: Hellbenders, Black
Drawing Chalks, Macaco Bong
Los Bifes – Rindo de Mim
bebida/mulheres/rock ‘n'
roll
O Rock foi feito
especialmente para se divertir e ilustrar noites que você sonhou ter feito e,
as vezes, até conseguir realizar ou sobreviver. O Los Bife gosta de musicar
esses momentos hilários da noite e, junto com animadíssimos shows, criou as
faixas presentes no recém lançado álbum Super Supérfulo, pela Astronauta
Discos. O primeiro single do trabalho é a faixa "Rindo de Mim" e
seu rock direto e divertido, que já entra como clipe na próxima
semana – uma animação criada pelo baterista Guy.
Para
quem gosta de: Rock Rocket, Ultrage a Rigor, Raimundos
Som de Camelô – Beleza
Rara
rap/ragga/reggae
O Som de Camelô é um projeto dos amigos Felyppe e Toninho Z/S, que juntos
mandam um ‘repão’ cheio de influências de ragga e reggae. Música jamaicana
é mesmo a praia dos caras e as batidas graves e swingadas dão o tom da
pegada deles. A faixa “Beleza Rara” é um dos sons da dupla que manda uma
ideia na cara de quem só se preocupa com seu visual, andar na moda e ficar
saradão (ou saradona). Uma tiração de onda no melhor estilo nordestino. Se
liga aí!
O Som de Camelô é um projeto dos amigos Felyppe e Toninho Z/S, que juntos
mandam um ‘repão’ cheio de influências de ragga e reggae. Música jamaicana
é mesmo a praia dos caras e as batidas graves e swingadas dão o tom da
pegada deles. A faixa “Beleza Rara” é um dos sons da dupla que manda uma
ideia na cara de quem só se preocupa com seu visual, andar na moda e ficar
saradão (ou saradona). Uma tiração de onda no melhor estilo nordestino. Se
liga aí!
Para
quem gosta de: Black Alien, Rosana Bronk's, Sabotage
Massa
Grossa – Louca Alucinada
brega/bolero/pop
Despojamento, a principal marca do
Massa Grossa, que surgiu como uma ideia de coletânea e se tornou uma banda,
lançando a primeira gravação em 2009. Com Pio Lobato (guitarra), Vovô
(bateria), Ana Clara (vocal) e Breno Oliveira (baixo), o Massa Grossa apresenta
agora a primeira demo do novo repertório, que reúne composições do
baterista, com referências de brega dos anos 80, jovem guarda e bolero, e
versões de músicas de outros artistas paraenses, sem
preconceitos, da música romântica ao rock.
Para
quem gosta de: Guitarrada e Jovem Guarda
Dabliu Junior –
Atlântida
nova MPB
Depois de seis anos tocando por bares e
festivais da capital paranaense com a banda Metaphorica, o curitibano Dabliu
Junior acaba de estrear em carreira solo com o álbum “Sobre os ombros de
gigantes”. Samba, melancolia e dias nublados dão o toque do disco. Entre os
destaques do lançamento está “Atlântida”, uma bela incursão por violões
dedilhados e melodiosos em que Dabliu canta sobre a conquista (ou não) dos sonhos.
Sobra espaço até para uma referência a Chico Buarque. Entre poetas/cantores
como Luiz Felipe Leprevost e Leo Fressato, eis mais um nome para se prestar
atenção em Curitiba.
Para quem gosta de: Cícero, Marcelo Jeneci, Rômulo Fróes
Matheus
Mota – Pombos Roquenrou
MPB/pop/alternativo
O Matheus Mota é um
músico e compositor carioca (mas recifense de coração, onde inclusive
mora) de 25 anos, foi um dos nomes entrevistados na primeira revista
da Mi Independente e acaba de lançar nesse mês o seu
primeiro disco cheio. Com o seu estilo "a paisana" e seguindo uma
estrutura melódica bastante interessante, ele consegue condensar toda
estranheza em versos lúdicos e sonoridade que com o tempo soa até bem pop e com
um tanto de nostalgia. Em “Pombos
Roquenrou”, ele cria uma fábula sobre os
principais responsáveis pelo provável fim da raça humana, e
o mais importante, dos emocores...
Para quem gosta de: Toquinho, Clube da
Esquina, Sitio do Pica Pau Amarelo
Glauber Guimarães – Entre um
Trago e Outro
folk experimental
Uma das grandes bandas da história do
rock baiano, o The Dead Billies, marcou quem viu, ouviu e quem só foi conhecer
depois. Dali um parte dos integrantes criou o Retrofoguetes, um foi tocar com
Pitty e o vocalista Moskabilly quis esquecer daquilo tudo. Abandonou o codinome
e deixou de lado quase tudo que envolvia as festas rockabilly do passado.
Adotou outros codinomes, foi morar em São Paulo, voltou pra Bahia e há alguns
anos vem travando uma luta a favor da criatividade, procriando sozinho ou
acompanhado sequências de eps, singles e gravações. Trabalhos bem diferentes do
anterior. Teclas Pretas é um dos projetos, mas é o Glauberovsky Orchestra o
mais profícuo, com mais de dez lançamentos e quase 70 músicas gravadas.
Para
quem gosta de: Tom Waits, Superfine Dandelion, Beatles
Farol
Vermelho - Liberdade
rock'n'roll/classic rock
Farol Vermelho traz o reclame do rock,
o sentimento do blues e o amor pela música com uma sonoridade vintage,
mesclando composições próprias e releituras de clássicos com arranjos
diferenciados.
Para
quem gosta de: Mutantes, Cazuza, Cachorro Grande