A banda belo-horizontina Dead Lover's Twisted Heart acaba de lançar a nova versão de seu site, dlth.com.br, e o vídeo de "Pretenders", primeiro trabalho audiovisual oficial da banda. O lançamento duplo fecha o ciclo do CD de estreia da banda, DLTH, lançado em 2010. Em Julho, a banda deve lançar novo EP, agora em português, dando continuidade à nova sonoridade apresentada no single "Apocalipse do amor".
"Pretenders", o novo clipe, foi dirigido por André Baumecker, fotógrafo mineiro radicado na Inglaterra, e teve seu início no Instagram. "Sou amigo de longa data do André e sempre gostei de seu trabalho. Contudo, foi acompanhando as postagens dele no Instagram que me encantei com a possibilidade de produzirmos algo juntos. Era um trabalho mais volumoso, ágil, constante, que me permitia vê-lo em perspectiva. Senti uma proximidade muito grande", conta Guto Borges, guitarrista e um dos vocalistas da banda.
O resultado final você assiste abaixo.
André Baumecker, diretor do clipe, também faz um relato do processo criativo:
Das últimas duas vezes que voltei ao Brasil o Guto me convidou para fazer algo com a banda. Uma sessão de fotos, um clipe, sempre algo de última hora, poucos dias antes de voltar pra (atual) casa.
Todas idéias discutidas em algumas cervejas ou um café. Um brainstorming visual/musical cheio de vontades. Produzido do melhor jeito possível, na pressão.
De tudo isso sai uma colaboração dinâmica entre nós, a banda, a camera, eu, os objetos, as idéias, os movimentos, as composições. Uma inquietação que não precisa muito ser falada mas que é entendida por todos naquele momento da criação. Acho que isso é o melhor de trabalhar com gente amiga, pessoas que admiro, onde a conversa é solta, e o silêncio relaxado só uma pausa para outras idéias.
Dessa última vez que voltei comecei a fotografar a cidade e o meu dia a dia. Essa documentação virou rotina, uma documentação perambulante na cidade que nasci e morei a maior parte da minha vida. Um lugar que cada vez que volto parece ter mudado drasticamente e outras horas parece continuar exatamente a mesma coisa, familiar e confortável. Sem muito preocupar eu explorei a cidade procurando memórias, antigas e novas, e também detalhes, cores, texturas, pessoas, prédios, fios e os encontros com amigos. De uma maneira eu encontrei algo, ou várias coisas, em um lugar que parecia conhecer tão bem.
A seleção dessas fotos se transfomaram em uma descrição bem pessoal, e talvez nostálgica do que é Belo Horizonte pra mim e foram o que mais influenciaram nas imagens do clipe. O processo seguinte foi editar, e encontrar o melhor caminho (não o mais curto e talvez o que faça menos sentido), entre essas memórias e composições.