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9 de outubro de 2008

Mais produção e informação

Novos coletivos, sites e blogs relacionados à movimentação na cena musical independente/alternativa surgiram ou estão em formação durante os últimos meses, reforçando a sensação de que estamos vivendo um momento extremamente importante para a cultura brasileira. É interessante perceber que essas ações estão distribuídas por diferentes pontos do país, não se limitando a uma determinada cidade ou região.

Em Minas Gerais, onde tenho mais contato - e atuação - com a cena, apenas em um período de menos de 30 dias foram criados - ou anunciados - dois novos coletivos de produção cultural e um novo site colaborativo dedicado à música.

O Pegada é um dos coletivos citados e foi formado em BH. Sua festa de lançamento acontece amanhã, dia 10, na Obra, com shows das bandas Os Azuis (RJ) e StereoTáxiCo (BH), a partir das 22h. Um pouco antes, às 19:30, o coletivo faz reunião aberta a todos os interessados n´O Bar.

Outro coletivo que celebra sua formação em breve é o Anti-Herói (adorei o nome), de Divinópolis. A festa de lançamento acontece em 19 de outubro, no Muraski, a partir das 16h. A programação conta com as bandas Aura (Divinópolis), 4 (Sabará), Amelie (Divinópolis) e Dilei (São Paulo).

Ambos são coletivos formados principalmente por membros de bandas independentes junto a pessoas que já mantinham alguma relação com a cena independente porém não estavam envolvidas na realização de projetos coletivos.

Partindo para a área de comunicação, outra novidade é o site O Disco. A proposta é apresentar um site colaborativo totalmente focado na música, porém contando com uma grande equipe fixa produzindo conteúdo diariamente.

Do outro lado do país, em Pernambuco, a banda Nuda é uma das responsáveis por um novo núcleo de produção e articulação independente em Recife: o Lumo Coletivo. Criado em setembro, o Lumo já conta com ações que demonstram a capacidade e interesse de seus integrantes na movimentação cultural alternativa. O trecho de um dos posts do Lumo é esclarecedor em reação a isso: "Portanto, para os que não querem ser engolidos por essa já não tão confusa lógica atual da indústria fonográfica, é imprescindível a participação incisiva para que cada vez mais existam agentes discutindo meios e alternativas para a sustentabilidade de qualquer projeto musical". Ou seja, não adianta reclamar e ficar parado. Faça! E pense! E depois pense mais, porque de macacos acéfalos, bastam os que temos na música pop.

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