Assim que cheguei a Recife teve início a 16ª edição do Abril Pro Rock. Não que minha presença fosse ansiosamente aguardada pelos produtores, mas porque, na tarde daquela quinta-feira, 10 de abril, simultaneamente ao meu desembarque tinham início as primeiras atividades do Abril Pro Rock 2008.
Ciclo de Debates
As atividades em questão faziam parte do primeiro ciclo de palestras realizado pelo festival na luxuosa Livraria Cultura. Desenvolvido em parceria com a Abrafin e as Faculdades Integradas Barros Melo, as palestras reuniram alguns dos principais nomes envolvidos com a música independente brasileira, abordando desde aspectos relativos à produção musical à realização de festivais e turnês com baixos orçamentos. Apesar de ser um excelente momento para se conhecer melhor os bastidores do efervescente cenário musical independente, o mais interessante era que ali estavam reunidos os produtores de alguns dos principais festivais brasileiros, jornalistas, músicos e aspirantes às três categorias anteriores (ha!). Bastava virar para o lado e conversar com a pessoa ao lado para fazer contatos importantíssimos, conhecer boas histórias ou se informar diretamente na fonte sobre o que está surgindo no underground tupiniquim.
Perdi as palestras de Fabrício Nobre (Monstro Discos, Abrafin) e Iuri Freiberger (produtor musical), que juntos falariam de produção executiva e musical, mas ambos eram figurinhas carimbadas por todas as outras atividades do APR (desde a reunião da Abrafin aos shows).
A logística de realização de uma turnê pelo nordeste foi abordada por Anderson Foca (Centro Cultural DoSol Rockbar e The Sinks) e Rafael Bandeira (HeyHo Rockbar), que utilizaram suas experiências pessoais como (bons) exemplos do assunto. Tema semelhante foi objeto da palestra de Gustavo Sá (Porão do Rock) e dos produtores do Demo Sul, que comentaram as trajetórias dos festivais que realizam, as dificuldades, etc.
Na sexta-feira os debates começaram pelo tema "Mídia Independente", tendo como convidados Paulo Terron (que edita o blog With Lasers, trabalha para a revista Rolling Stone e e escreveu para a Capricho, Bizz e IG) e Bruno Maia (que edita o blog Sobremúsica, tem um programa na Multishow FM e é executivo da gravadora EMI).... Será apenas uma impressão minha, talvez culpa de minha tenra idade, mas o termo "independente" não costumava significar algo como NÃO estar vinculado a grandes corporações"? Tsc tsc.
Tanto Terron como Maia possuem bons blogs, principalmente Maia, mas foi o tipo de debate que pouco teve a acrescentar e ficou perdido na mesmice cliché de dizer "você pode ter um blog! você pode ter poder! o mundo vai te ouvir! blá blá blá". Talvez, para o público leigo, seja proveitoso. Porém, para aqueles que têm um mínimo conhecimento de internet, blogs e ferramentas 2.0, foi muito pouco proveitoso (ou, como disse, a famosa hora de conversar com as pessoas na platéia ou do lado de fora do auditório e conhecer gente nova e interessante).
Um dos temas mais interessantes de todo o ciclo de palestras, "Divulgação de bandas na internet", também poderia ter sido melhor explorado. O problema, em grande parte, se deu pela total falta de jeito do mediador Guilherme Moura em exercer sua função e às perguntas óbvias e egocêntricas do público (o conhecido "eu tenho uma banda que..."). Em meio a este cenário, Luiz César Pimentel (gerente de conteúdo do MySpace Brasil e um dos criadores da antiga revista Zero) e Fernanda Cardoso (Trama Virtual) puderam apenas apresentar um pouco das empresas em que trabalham, comentar casos de sucesso e esclarecer parte do funcionamento dos dois serviços que representam, principais ferramentas de divulgação da música independente / alternativa brasileira.
A bem-sucedida experiência do Espaço Cubo, de Cuiabá, com seu sistema de crédito alternativo (Cubo Card) e as associações de produtores independentes foram tema das palestras de Pablo Capilé (Espaço Cubo, Circuito Fora do Eixo) e Claudão Pilha (Casas Associadas, A Obra). Minha abstinência de internet bateu e corri para uma lan house, não por falta de interesse no assunto, mas por já conhecê-lo o suficiente, principalmente por causa de minha atuação com o Fórceps (e a crise abstinência de internet, claro).
Ciclo de Debates
As atividades em questão faziam parte do primeiro ciclo de palestras realizado pelo festival na luxuosa Livraria Cultura. Desenvolvido em parceria com a Abrafin e as Faculdades Integradas Barros Melo, as palestras reuniram alguns dos principais nomes envolvidos com a música independente brasileira, abordando desde aspectos relativos à produção musical à realização de festivais e turnês com baixos orçamentos. Apesar de ser um excelente momento para se conhecer melhor os bastidores do efervescente cenário musical independente, o mais interessante era que ali estavam reunidos os produtores de alguns dos principais festivais brasileiros, jornalistas, músicos e aspirantes às três categorias anteriores (ha!). Bastava virar para o lado e conversar com a pessoa ao lado para fazer contatos importantíssimos, conhecer boas histórias ou se informar diretamente na fonte sobre o que está surgindo no underground tupiniquim.
Perdi as palestras de Fabrício Nobre (Monstro Discos, Abrafin) e Iuri Freiberger (produtor musical), que juntos falariam de produção executiva e musical, mas ambos eram figurinhas carimbadas por todas as outras atividades do APR (desde a reunião da Abrafin aos shows).
A logística de realização de uma turnê pelo nordeste foi abordada por Anderson Foca (Centro Cultural DoSol Rockbar e The Sinks) e Rafael Bandeira (HeyHo Rockbar), que utilizaram suas experiências pessoais como (bons) exemplos do assunto. Tema semelhante foi objeto da palestra de Gustavo Sá (Porão do Rock) e dos produtores do Demo Sul, que comentaram as trajetórias dos festivais que realizam, as dificuldades, etc.
Na sexta-feira os debates começaram pelo tema "Mídia Independente", tendo como convidados Paulo Terron (que edita o blog With Lasers, trabalha para a revista Rolling Stone e e escreveu para a Capricho, Bizz e IG) e Bruno Maia (que edita o blog Sobremúsica, tem um programa na Multishow FM e é executivo da gravadora EMI).... Será apenas uma impressão minha, talvez culpa de minha tenra idade, mas o termo "independente" não costumava significar algo como NÃO estar vinculado a grandes corporações"? Tsc tsc.
Tanto Terron como Maia possuem bons blogs, principalmente Maia, mas foi o tipo de debate que pouco teve a acrescentar e ficou perdido na mesmice cliché de dizer "você pode ter um blog! você pode ter poder! o mundo vai te ouvir! blá blá blá". Talvez, para o público leigo, seja proveitoso. Porém, para aqueles que têm um mínimo conhecimento de internet, blogs e ferramentas 2.0, foi muito pouco proveitoso (ou, como disse, a famosa hora de conversar com as pessoas na platéia ou do lado de fora do auditório e conhecer gente nova e interessante).
Um dos temas mais interessantes de todo o ciclo de palestras, "Divulgação de bandas na internet", também poderia ter sido melhor explorado. O problema, em grande parte, se deu pela total falta de jeito do mediador Guilherme Moura em exercer sua função e às perguntas óbvias e egocêntricas do público (o conhecido "eu tenho uma banda que..."). Em meio a este cenário, Luiz César Pimentel (gerente de conteúdo do MySpace Brasil e um dos criadores da antiga revista Zero) e Fernanda Cardoso (Trama Virtual) puderam apenas apresentar um pouco das empresas em que trabalham, comentar casos de sucesso e esclarecer parte do funcionamento dos dois serviços que representam, principais ferramentas de divulgação da música independente / alternativa brasileira.
A bem-sucedida experiência do Espaço Cubo, de Cuiabá, com seu sistema de crédito alternativo (Cubo Card) e as associações de produtores independentes foram tema das palestras de Pablo Capilé (Espaço Cubo, Circuito Fora do Eixo) e Claudão Pilha (Casas Associadas, A Obra). Minha abstinência de internet bateu e corri para uma lan house, não por falta de interesse no assunto, mas por já conhecê-lo o suficiente, principalmente por causa de minha atuação com o Fórceps (e a crise abstinência de internet, claro).