"Ei, olha só! Tu sabia que a gente é 'música alternativa brasileira'?", pergunta Lucas Pocamacha, guitarrista e vocalista do Superguidis, ao vocalista e guitarrista Andrio Maquenzi, ao saber que a entrevista era para um blog dedicado à categoria em questão. Quando pergunto como a própria banda se define, a resposta é rápida: "Indie anos 90, um grupo de amigos que resolveu tocar junto".
A pegada anos 90 e as influências ficam ainda mais claras ao vivo que em cd: riffs e distorção que lembram Nirvana, melodias ao estilo Guided By Voices, passando por ecos de Pavement e Sebadoh, sempre com os vocais no bom e velho português. Apesar das referências nubladas e, de certa forma, melancólicas, o som da banda mantém um inegável apelo pop, permitindo que as letras retratem momentos nos quais tudo dá errado e ainda assim você as cante balançando a cabeça e dançando.
A história da banda teve início em 2002, quando Andrio, Marco Pecker e Diogo Macueidi, todos ex-Dissidentes, moradores da pequena cidade de Guaíba, a 30 km de Porto Alegre, arrumaram um guitarrista da capital e escolheram o nome Superguidis, em referência a uma marca que é quase sinônimo de "tênis" no sul do país.
Em sua segunda visita à Belo Horizonte, o Superguidis foi a atração principal da Noite Alto-Falante do mês de julho (ainda na ressaca da dupla vitória do programa no Prêmio Toddy de Música Independente deste ano), que aconteceu no último sábado, dia 07, e contou também com a apresentação da banda belo-horizontina monno. Esse foi o segundo show da turnê de lançamento do segundo álbum da banda, A Amarga Sinfonia do Superstar, que acaba de sair pelo selo Senhor F. Há menos de um ano a banda se apresentou na capital mineira também à convite do Alto-Falante, na festa de comemoração de 9 anos do programa de tv.
Tocando para uma platéia mediana na Matriz, reduto hardcore em BH mas que eventualmente é palco de interessantes apresentações indies, a banda fez um bom e enérgico show, deixando clara a razão pela qual é tida como uma das mais interessantes do Brasil atualmente. Os hits alternativos "Malevolosidade" e "Discos Arranhados" são prova disso. Outras canções de destaque são a ótima "Bolo de Casamento", com seu riff mais que grudento, "O Tranquêra" e "O Banana".
O primeiro álbum, homônimo, pode ser baixado na íntegra através de um link disponibilizado na página da banda no MySpace. Já o cd Pacotão, que reúne os dois primeiros EPs da banda, O Véio Máximo (2003) e Ainda Sem Nome (2004), pode ser ouvido no site oficial e baixado, caso você saiba usar algum gerenciador de downloads.
Antes do Superguidis subir ao palco, quem comandou foi o monno, unanimidade em se tratando de rock contemporâneo de qualidade em Minas Gerais. Com apenas um EP no currículo, a banda vem se apresentando constantemente em outros Estados e em festivais alternativos, e lança em breve algumas canções que farão parte de seu novo EP ou, talvez, do primeiro álbum.
Dividindo algumas influências e semelhanças com o Superguidis, o monno também faz letras em português, mas apresenta canções mais melancólicas e cada vez mais elaboradas. No início, os shows perdiam para as gravações, mas a evolução da banda permitiu que atualmente pegá-la ao vivo não deixe nada a desejar.
O potencial para que a banda tome de assalto o mainstream brasileiro é inegável, algo que já foi até reforçado pela revista Bizz, que tem o monno como uma das grandes apostas desse ano. Se depender de músicas como "A Falta", "#1" e de algumas das novas canções apresentadas no show, essa previsão tem tudo para se confirmar. É preciso talento para se misturar The Walkmen, Broken Social Scene e Interpol e não soar como apenas mais uma cópia e fazer letras de amor e dor e não soar piegas, mas é isso o que o monno nos apresenta.
A pegada anos 90 e as influências ficam ainda mais claras ao vivo que em cd: riffs e distorção que lembram Nirvana, melodias ao estilo Guided By Voices, passando por ecos de Pavement e Sebadoh, sempre com os vocais no bom e velho português. Apesar das referências nubladas e, de certa forma, melancólicas, o som da banda mantém um inegável apelo pop, permitindo que as letras retratem momentos nos quais tudo dá errado e ainda assim você as cante balançando a cabeça e dançando.
A história da banda teve início em 2002, quando Andrio, Marco Pecker e Diogo Macueidi, todos ex-Dissidentes, moradores da pequena cidade de Guaíba, a 30 km de Porto Alegre, arrumaram um guitarrista da capital e escolheram o nome Superguidis, em referência a uma marca que é quase sinônimo de "tênis" no sul do país.
Em sua segunda visita à Belo Horizonte, o Superguidis foi a atração principal da Noite Alto-Falante do mês de julho (ainda na ressaca da dupla vitória do programa no Prêmio Toddy de Música Independente deste ano), que aconteceu no último sábado, dia 07, e contou também com a apresentação da banda belo-horizontina monno. Esse foi o segundo show da turnê de lançamento do segundo álbum da banda, A Amarga Sinfonia do Superstar, que acaba de sair pelo selo Senhor F. Há menos de um ano a banda se apresentou na capital mineira também à convite do Alto-Falante, na festa de comemoração de 9 anos do programa de tv.
Tocando para uma platéia mediana na Matriz, reduto hardcore em BH mas que eventualmente é palco de interessantes apresentações indies, a banda fez um bom e enérgico show, deixando clara a razão pela qual é tida como uma das mais interessantes do Brasil atualmente. Os hits alternativos "Malevolosidade" e "Discos Arranhados" são prova disso. Outras canções de destaque são a ótima "Bolo de Casamento", com seu riff mais que grudento, "O Tranquêra" e "O Banana".
O primeiro álbum, homônimo, pode ser baixado na íntegra através de um link disponibilizado na página da banda no MySpace. Já o cd Pacotão, que reúne os dois primeiros EPs da banda, O Véio Máximo (2003) e Ainda Sem Nome (2004), pode ser ouvido no site oficial e baixado, caso você saiba usar algum gerenciador de downloads.
Antes do Superguidis subir ao palco, quem comandou foi o monno, unanimidade em se tratando de rock contemporâneo de qualidade em Minas Gerais. Com apenas um EP no currículo, a banda vem se apresentando constantemente em outros Estados e em festivais alternativos, e lança em breve algumas canções que farão parte de seu novo EP ou, talvez, do primeiro álbum.
Dividindo algumas influências e semelhanças com o Superguidis, o monno também faz letras em português, mas apresenta canções mais melancólicas e cada vez mais elaboradas. No início, os shows perdiam para as gravações, mas a evolução da banda permitiu que atualmente pegá-la ao vivo não deixe nada a desejar.
monno - A Falta
O potencial para que a banda tome de assalto o mainstream brasileiro é inegável, algo que já foi até reforçado pela revista Bizz, que tem o monno como uma das grandes apostas desse ano. Se depender de músicas como "A Falta", "#1" e de algumas das novas canções apresentadas no show, essa previsão tem tudo para se confirmar. É preciso talento para se misturar The Walkmen, Broken Social Scene e Interpol e não soar como apenas mais uma cópia e fazer letras de amor e dor e não soar piegas, mas é isso o que o monno nos apresenta.
Ps.: não tirei fotos do Superguidis porque perdi as pilhas da câmera. Em breve as fotos do show do monno estarão publicadas e ambas as bandas serão tema da seção "conheça", assim que eu descobrir onde coloquei as gravações das entrevistas...
Ps.2: a foto do início do texto é do Superguidis durante um show em Porto Alegre e foi feita por Luiz Fiebig
Ps.2: a foto do início do texto é do Superguidis durante um show em Porto Alegre e foi feita por Luiz Fiebig