Síndrome de Reynaud. Uma coisa chata que faz com que as veias das extremidades do seu corpo (mãos e pés, para ser mais claro) se contraiam em tempos de frio, diminuindo o volume de sangue na área. O fenômeno atrapalha os movimentos nestas regiões e pode ser extremamente incômodo.
Logo de cara o visual dos integrantes da Canastra dá uma boa dica do que esperar do som: topetões, camisas floridas, contrabaixo acústico e instrumentos de sopro significam uma mais do que bem-vinda mistura de rockabilly, bluegrass, dixieland, country, punk, jovem guarda e surf music (ufa! pensei que não acabaria....).
Após lançarem seu debut álbum em 2004 (Traz A Pessoa Amada em Três Dias) pela Monstro Discos, a banda lança agora Chega de Falsas Promessas, quem vem encartado na edição deste mês da revista OutraCoisa.
Como vencedores do festival Oi Tem Peixe na Rede a banda teria seu álbum lançado pela major Sony Music, que, mais uma vez provando a mentalidade débil dos dirigentes de gravadoras, bancou a gravação do CD mas desistiu de seu lançamento, deixando a missão para outro selo/gravadora.
E é justamente o show de lançamento deste álbum em Belo Horizonte, dois dias após seu lançamento oficial no Rio de Janeiro, o objeto deste texto.
É difícil lembrar os nomes das músicas sendo que você dançou a maior parte do show. Acrescente a isso o fato de você ter bebido uma quantidade razoável, sendo que tudo que você havia comido nas últimas 4 horas era meio pacote de Ruffles sabor salsa. Eu escrevi "salsa!". E, por último, mas não menos importante: quando a música realmente me pega de jeito ao vivo, costumo "assistir" à grande parte do show de olhos fechados. Pronto, contei! "Virei motivo de chacota" para o Allan Sieber, eu sei.
E antes que eu me estenda pela madrugada escrevendo este texto, creio que a situação hipotética que criarei será como uma luz da salvação transmitida pela Record durante a madrugada e fará com que seu cérebro projete uma imagem próxima da realidade do que é a Canastra. Vamos a ela:
Ainda não entendeu? Você é burro ou simplesmente assistiu muito Big Brother? Já sei: seus pais são irmãos! (Ps: nada contra incesto, só o produto final é que costuma ser meio chulé. Mas o importante é o amor. :) Abre-se outro parênteses: Meu Deus [emquenãoacredito]!!! Eu usei um smile no meu texto!! Bléééé! Fecha-se o parênteses imaginário e o verdadeiro também.
(Estou assoviando e olhando para o alto, fingindo de égua que não escrevi as coisas acima. Continuo abaixo na maior cara de pau a partir daquele ponto imaginário bacana em que eu havia, teoricamente, parado).
Links:
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Site Oficial
Entrevista
Fotos do show
Créditos das fotos: Marcelo Santiago e Juliana Semedo
[Milésimo Ps.: por favor, por favor, por favor, por favor, por favor, por favor, deixe seu mouse sobre o nome da música "Besame Mucho" no parágrafo acima e assista ao vídeo. "Ele pode mudar vidas" ou, ao menos, sendo mais realista, fará você se sentir um pouco mais feliz e menos ridículo. Eu, particularmente, admito que quase mijo nas calças na hora em que ele aponta para a mina da harpa. O diretor desse vídeo é um gênio! Não sei como ninguém chamou o Ray para interpretar um ditador megalomaníaco em um filme. E para os indie-cool: o Beck aparece no vídeo, é sério. Fique atento quando chegar aos 2 minutos e 8 segundos, no canto inferior esquerdo. Clássico.]