Simples e direto,
esse texto do
Rodrigo James (do
Alto-falante e
Aorta) no portal
Oi Novo Som sintetiza aquilo que todo mundo já sabe, mas alguns continuam não entendendo. Confira um pedaço abaixo:
"A cena é bastante comum. Quatro garotos
se juntam com a proposta de montar uma banda. Depois de alguns ensaios,
percebem que já estão no ponto de mostrar seu trabalho. Começam a ligar
para as casas de show da cidade em busca de um palco. Encontram os
palcos. Felizes, negociam seus cachês. Qual não é a surpresa quando
eles descobrem que a casa não paga cachês e eles terão que tocar de
graça! Depois de alguns meses tocando de graça ou sujeitos a couvert
artísticos, porcentagens ínfimas de bilheterias e demais
gorjetas/esmolas, olham para si mesmos e decidem parar com a banda
porque nunca vão conseguir viver de música.
É comum? É. Mas não deveria ser. Só que
não pelo motivo que você deve estar imaginando. Toda banda iniciante
passa por estes perrengues de tocar de graça ou por trocados. E é assim
que tem que ser mesmo! A não ser que você seja uma superbanda e seus
companheiros já sejam conhecidos na cena, não tem outro jeito de
construir seu público senão tocando, tocando, tocando e tocando. Você
tem que estar disposto a qualquer coisa, meu amigo. Lugares e horários
ridículos, públicos que às vezes não são os seus, barcas furadas, tudo!"