Nos últimos anos tenho assistido a cada vez mais shows, conhecido cada vez mais bandas (de diferentes regiões do país e do mundo) e, apesar de encontrar muita coisa repetida e sem identidade, ainda são muitos os momentos de surpresa e extremo prazer. Na última segunda-feira, 20 de abril, não dá para afirmar que o ocorrido se tratou exatamente de uma surpresa, uma vez que já sabia da qualidade das bandas em questão, mas o nível atingido superou qualquer expectativa.
Macaco Bong (MT) e Burro Morto (PB) estrearam o primeiro evento realizado pelo CMMI - Circuito Mineiro de Música Independente de forma já clássica, realizando o que várias das pessoas presentes naquela noite (inclusive eu) estão chamando de “a melhor noite da história do Matriz” e, provavelmente, uma das que ficará marcada na história do rock alternativo e independente de BH.
Quando enviei o email para a lista do Fórceps (coletivo do qual faço parte e que integra o CMMI), sugerindo a realização da festa, não tinha noção do que aconteceria ali: o encontro de duas incríveis bandas instrumentais surgidas no Brasil nesta década, se apresentando para um público totalmente antenado e chapado (tanto no sentido figurado como literal), uma sequência de sons técnicos e sentimentalmente profundos. Só consigo imaginar algumas noites incríveis que tive no Matriz, como Diagonal com Hurtmold, Garage Fuzz lotado e Cansei de Ser Sexy em 2006 fazendo um dos shows mais quentes do qual tenho notícia (tão quente que o chão escorregava de suor e não havia mais bebida alguma no Matriz, exceto Caracu) e pensar que a essa lista (talvez no topo) está adicionado o show do Macaco Bong com o Burro Morto.
No caminho (percorrido várias vezes) entre o palco e o bar, fitava os rostos sorridentes das quase 200 pessoas presentes e observava suas expressões de alegria, surpresa e loucura (tudo bem, isso dava para perceber em poucas pessoas). Se 97% do público presente juntou-se ao grupo de pessoas que considera o Macaco Bong uma das melhores bandas ao vivo da atualidade, porcentagem semelhante ficou embasbacada com a mistura lisérgica apresentada pelo Burro Morto, na qual estão inclusos muito afrojazz e rock experimental (também poderia tentar descrever dizendo que é “pós-rock tropical com influências funky setentistas, tocado por quem fritou a cabeça por muito tempo no sol e decidiu usar todas as substâncias citadas em Medo e Delírio em Las Vegas”, mas talvez isso só atrapalhasse o entendimento).
Como todo fato histórico, a noite também tem suas quase-lendas e causos, como o da estonteante “loira de cinza” que deixou babando os homens (e algumas mulheres) presentes e a macarronada coletiva do Edmundo (dono do Matriz), às 6 da manhã.
Fiz vários vídeos e fotos da noite, mas certos acontecimentos são importantes demais para serem maculados pela imagem e prefiro tê-los guardados, com todo meu carinho e subjetividade, na memória.
Macaco Bong (MT) e Burro Morto (PB) estrearam o primeiro evento realizado pelo CMMI - Circuito Mineiro de Música Independente de forma já clássica, realizando o que várias das pessoas presentes naquela noite (inclusive eu) estão chamando de “a melhor noite da história do Matriz” e, provavelmente, uma das que ficará marcada na história do rock alternativo e independente de BH.
Quando enviei o email para a lista do Fórceps (coletivo do qual faço parte e que integra o CMMI), sugerindo a realização da festa, não tinha noção do que aconteceria ali: o encontro de duas incríveis bandas instrumentais surgidas no Brasil nesta década, se apresentando para um público totalmente antenado e chapado (tanto no sentido figurado como literal), uma sequência de sons técnicos e sentimentalmente profundos. Só consigo imaginar algumas noites incríveis que tive no Matriz, como Diagonal com Hurtmold, Garage Fuzz lotado e Cansei de Ser Sexy em 2006 fazendo um dos shows mais quentes do qual tenho notícia (tão quente que o chão escorregava de suor e não havia mais bebida alguma no Matriz, exceto Caracu) e pensar que a essa lista (talvez no topo) está adicionado o show do Macaco Bong com o Burro Morto.
No caminho (percorrido várias vezes) entre o palco e o bar, fitava os rostos sorridentes das quase 200 pessoas presentes e observava suas expressões de alegria, surpresa e loucura (tudo bem, isso dava para perceber em poucas pessoas). Se 97% do público presente juntou-se ao grupo de pessoas que considera o Macaco Bong uma das melhores bandas ao vivo da atualidade, porcentagem semelhante ficou embasbacada com a mistura lisérgica apresentada pelo Burro Morto, na qual estão inclusos muito afrojazz e rock experimental (também poderia tentar descrever dizendo que é “pós-rock tropical com influências funky setentistas, tocado por quem fritou a cabeça por muito tempo no sol e decidiu usar todas as substâncias citadas em Medo e Delírio em Las Vegas”, mas talvez isso só atrapalhasse o entendimento).
Como todo fato histórico, a noite também tem suas quase-lendas e causos, como o da estonteante “loira de cinza” que deixou babando os homens (e algumas mulheres) presentes e a macarronada coletiva do Edmundo (dono do Matriz), às 6 da manhã.
Fiz vários vídeos e fotos da noite, mas certos acontecimentos são importantes demais para serem maculados pela imagem e prefiro tê-los guardados, com todo meu carinho e subjetividade, na memória.