from | Taís Oliveira | ||
to | meuemail@gmail.com, | ||
date | Fri, Apr 18, 2008 at 8:23 AM | ||
subject | monno | ||
signed-by | yahoo.com.br |
Oi Marcelo!
Não sei se vc ainda quer postar, pq tá meio velho né? E vc pode achar o texto uma bosta e nao querer postar tb. Enfim, vc q sabe, se quiser, pode editar o texto e tals
Tem tb uma foto, a unica q ficou boa pq a pilha acabou na 6ª foto
A entrevista vou te encaminhar, nao sei se ela vale sozinha, pode ser incorporada no texto.
Mas acho q vc nem vai publicar mesmo
Beijos
Não sei se vc ainda quer postar, pq tá meio velho né? E vc pode achar o texto uma bosta e nao querer postar tb. Enfim, vc q sabe, se quiser, pode editar o texto e tals
Tem tb uma foto, a unica q ficou boa pq a pilha acabou na 6ª foto
A entrevista vou te encaminhar, nao sei se ela vale sozinha, pode ser incorporada no texto.
Mas acho q vc nem vai publicar mesmo
Beijos
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monno é uma banda para se conhecer no show/ao vivo. O que acontecia com as músicas do primeiro EP era que as gravações não davam conta da potência dos shows e, após ver a banda ao vivo, a sensação era que os efeitos (colocados na gravação) eram desnecessários. O monno tem uma energia que é direta, não que isto não implique uma elaboração. Mas as melodias e as letras conseguem falar claro e atingir quem escuta, com uma espécie de simplicidade elaborada, objetividade encantadora. (hahahaha)
Foi uma surpresa ver o show começar com “Silêncio”, música que abre o primeiro EP. Mas foi um acerto do monno: ao invés de deixar o público “boiando” tocando só canções até então desconhecidas para a maioria, a banda balanceou o repertório, dividido entre as canções de Agora e as músicas antigas, que o público acompanhava cantando.
Falando em público, saltos altíssimos e all stars surrados se revezavam num show de, digamos, “indie rock”, numa boate onde a long neck custa R$ 7. Todos esperando pelo monno, com direito a isqueiros, gente cantando (ou fingindo cantar) as músicas novas, groupies na frente do palco e corinho de bis. Só para constar, os groupies eram todos homens.
No começo a banda já anuncia: “nos preparamos dois meses para isto”. Era o que se podia ver na execução das músicas, nas luzes e na escolha do local e dos DJs (tinha até Kid Vinil). Mas não no som, que a princípio não estava muito legal e foi sendo corrigido aos poucos com a ajuda do público. Bem, nem tanto. Quando o som já estava acertado, alguém da platéia cismou que não dava para ouvir o baixo e o resultado foi que nas últimas músicas o corpo todo vibrava junto com as cordas.
A primeira música nova, “Acontece”, traz o monno que estamos acostumados e gostamos. Podia até se confundir com alguma música desconhecida do primeiro EP, ainda mais sem os efeitos de vozes da gravação.
“O pouco que eu quis” trouxe um clima diferente, com um efeito de guitarra que poderia ser irritante se não contagiasse e tivesse um efeito catártico que não te deixa tirar os olhos do palco, ao mesmo tempo que sua mente vai longe (mas às vezes aquele efeito me incomodava). Foi assim também com “21 dias”, melhor momento do show e melhor música do novo CD, que além da companhia dos teclados teve participação de Paulo Barcelos no trompete. Taí o novo monno, denso, catártico, encantador.
“Enquanto o mundo dorme” tem aquela bateria que fez com que as bandas de hoje em dia virassem hypes colocando os indies para dançar. É a música que o Lúcio Ribeiro ia gostar, com influências de Bloc Party, Franz Ferdinand e todos esses hypes dançantes.
Entre as músicas gravadas em 2005 e em 2007/08, estava “Grand Hotel”, cover de Kid Abelha que vem aparecendo nos shows da banda desde o ano passado e deve entrar no próximo disco (a ser lançado ainda este ano) .
As músicas do EP Agora mostram que a banda continua com a qualidade de antes, mas talvez uma surpresa fosse bem-vinda. “As pequenas coisas” é uma espécie de “monno meets Strokes”. Para finalizar o show, nada melhor do que as melhores músicas do monno: “A falta” e “#1”. “Se pelo menos uma vez, eu entrar se a porta abrir”, canta o vocalista Bruno. As portas já estão abertas para o monno.
Foi uma surpresa ver o show começar com “Silêncio”, música que abre o primeiro EP. Mas foi um acerto do monno: ao invés de deixar o público “boiando” tocando só canções até então desconhecidas para a maioria, a banda balanceou o repertório, dividido entre as canções de Agora e as músicas antigas, que o público acompanhava cantando.
Falando em público, saltos altíssimos e all stars surrados se revezavam num show de, digamos, “indie rock”, numa boate onde a long neck custa R$ 7. Todos esperando pelo monno, com direito a isqueiros, gente cantando (ou fingindo cantar) as músicas novas, groupies na frente do palco e corinho de bis. Só para constar, os groupies eram todos homens.
No começo a banda já anuncia: “nos preparamos dois meses para isto”. Era o que se podia ver na execução das músicas, nas luzes e na escolha do local e dos DJs (tinha até Kid Vinil). Mas não no som, que a princípio não estava muito legal e foi sendo corrigido aos poucos com a ajuda do público. Bem, nem tanto. Quando o som já estava acertado, alguém da platéia cismou que não dava para ouvir o baixo e o resultado foi que nas últimas músicas o corpo todo vibrava junto com as cordas.
A primeira música nova, “Acontece”, traz o monno que estamos acostumados e gostamos. Podia até se confundir com alguma música desconhecida do primeiro EP, ainda mais sem os efeitos de vozes da gravação.
“O pouco que eu quis” trouxe um clima diferente, com um efeito de guitarra que poderia ser irritante se não contagiasse e tivesse um efeito catártico que não te deixa tirar os olhos do palco, ao mesmo tempo que sua mente vai longe (mas às vezes aquele efeito me incomodava). Foi assim também com “21 dias”, melhor momento do show e melhor música do novo CD, que além da companhia dos teclados teve participação de Paulo Barcelos no trompete. Taí o novo monno, denso, catártico, encantador.
“Enquanto o mundo dorme” tem aquela bateria que fez com que as bandas de hoje em dia virassem hypes colocando os indies para dançar. É a música que o Lúcio Ribeiro ia gostar, com influências de Bloc Party, Franz Ferdinand e todos esses hypes dançantes.
Entre as músicas gravadas em 2005 e em 2007/08, estava “Grand Hotel”, cover de Kid Abelha que vem aparecendo nos shows da banda desde o ano passado e deve entrar no próximo disco (a ser lançado ainda este ano) .
As músicas do EP Agora mostram que a banda continua com a qualidade de antes, mas talvez uma surpresa fosse bem-vinda. “As pequenas coisas” é uma espécie de “monno meets Strokes”. Para finalizar o show, nada melhor do que as melhores músicas do monno: “A falta” e “#1”. “Se pelo menos uma vez, eu entrar se a porta abrir”, canta o vocalista Bruno. As portas já estão abertas para o monno.
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Set list
silêncio
acontece
nada demais
o pouco que eu quis
21 dias
enquanto o mundo dorme
carta pra depois
lugar algum
grand hotel
as pequenas coisas
agora
a falta
#1
silêncio
acontece
nada demais
o pouco que eu quis
21 dias
enquanto o mundo dorme
carta pra depois
lugar algum
grand hotel
as pequenas coisas
agora
a falta
#1
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from to | Taís Oliveira meuemail@gmail.com, | ||
date | Fri, Apr 18, 2008 at 8:24 AM | ||
subject | En: Re: entrevista | ||
signed-by | yahoo.com.br |
Repara que ele confundiu Kid Abelha com Kid Vinil
---------- Forwarded message ----------
From: monno
To: "Taís Oliveira"
Date: Mon, 14 Apr 2008 16:45:41 -0300
Subject: Re: entrevista
From: monno
ola tais, ai vao as respostas.
sem problema, sabems o que 'e a correria!
1- a Roxy foi ideal pois conta com uma estrutura muito bacana, que alcança pessoas que usualmente não vão aos nossos shows por conta do local. enfim, é uma casa de prestígio, repleta de peculiaridades e que nos garantiu fazer um show bem legal, diferente para as pessoas e pra gente.
2- achamos o show fenomenal. foi concluir uma etapa que nos demandou muito, e ver a coisa acontecer bonita como foi, fez do show um momento muito especial. o que mais nos incomodou foi o som, mas não foi algo que comprometeu. a casa não tem o perfil para shows de rock, esse foi o desafio, ficamos 2 dias por conta de conseguir um bom som. mas foi muito válido e os próximos serão ainda melhores.
3- inúmeras. foi muito válido pois a referência sonora do cara é outra e buscamos exatamente isso: não sermos usuais. ele deu uma textura bem distinta dos trabalhos nacionais, numa fase da produção do som que é bem específica e sutil. a diferença é enorme em relação ao nosso primeiro trabalho, normal de quando vai se amadurecendo. somos pessoas diferentes, mais que normal nosso som estar diferente também.
4- o kid tava lá no show, trouxemos a peça histórica para discotecar na festa. acho que ele curtiu, não sei! ele é uma pessoa muito discreta e uma ambulante enciclopédia musical.
digam quando for ao ar, ok?!
at'e breve!
bruno e MONNO- - - - - - - - - -
2008/4/14 Taís Oliveira <emaildatais@yahoo.com.br>:
Olá pessoal!
Desculpem a minha hiperatividade e os milhões de e-mails, mas desta vez vou escrever para o Meio Desligado e queria saber se podem responder às perguntinhas abaixo:
1. Por que escolheram a Roxy para o show de estréia?
2. O que acharam do show? Ocorreu tudo como esperado? (é pra ser sincero)
3. Qual a vantagem de uma pós-produção no exterior? A diferença para o primeiro ep foi grande?
4. O Kid Abelha já ouviu a versão de vocês para "Grand Hotel"?
Por enquanto é só.
Obrigada e abraços,
Taís
2. O que acharam do show? Ocorreu tudo como esperado? (é pra ser sincero)
3. Qual a vantagem de uma pós-produção no exterior? A diferença para o primeiro ep foi grande?
4. O Kid Abelha já ouviu a versão de vocês para "Grand Hotel"?
Por enquanto é só.
Obrigada e abraços,
Taís
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from | marcelo santiago | ||
to | Taís Oliveira | ||
date | Sat, Apr 19, 2008 at 3:39 AM | ||
subject | Re: monno | ||
mailed-by | gmail.com |
hahaha. Adorei o texto, já tá no ar. Acha que vai ter problema por causa do jeito que resolvi publicar?
O melhor é o crédito da foto:
Foto 1: Taís Oliveira (única foto boa, porque a pilha acabou)
Demais fotos: divulgação (profissionais têm pilhas sobressalentes)
Abraço!