Se no final da década de 90 o Abril Pro Rock reunia cerca de 15 mil pessoas, em 2008 o público não chegou a metade desse número. Talvez pelo fato do Chevrolet Hall, local onde o evento foi realizado, ser muito grande, grandes buracos entre o público podiam ser vistos pela casa de shows. Essa foi a primeira vez que o APR foi realizado no Chevrolet, localizado na divisa entre Recife e Olinda, logo ao lado do Centro de Convenções de Pernambuco, sede do evento entre 1997 e 2007.
A primeira noite do festival foi marcada por atrações mais pesadas, como Bad Brains e Mukeka di Rato, e algum espaço para bandas mais distantes do metal/hardcore, mas nem por isso menos barulhentas, como Vamoz!, New York Dolls e The Sinks.
A abertura da noite ficou por conta da novata AMP (PE), vencedora do concurso Link Musical, que escolheu uma banda para cada noite do APR 2008. Não vi o show, mas segundo relatos, agradaram bastante ao público com sua mistura de grunge/stoner rock.
Na sequência veio a Project 666 (PE), que também não vi, mas que, a julgar pelas músicas em seu MySpace, deve ter feito um grande show de metal.
O APR começou de verdade para mim a partir do show do The Sinks (RN), no palco 3, agradando com canções simples e diretas. Às vezes lembrando uma banda de pop punk, outras, um sobrevivente grunge, foi uma apresentação sem grandes surpresas, porém divertida.
As atividades do palco principal tiveram início com mais uma apresentação explosiva do Mukeka di Rato (ES). A formação de uma enorme roda de pogo logo em seguida aos primeiros acordes foi incrível. O cinegrafista da TramaVirtual filmando em meio ao mosh foi uma das melhores cenas da noite: dezenas de pessoas insandecidas, dando socos e chutes para todos os lados e o sujeito no meio, com sua câmera em riste, filmando tudo. Devem ter ficado ótimas as imagens.
Independente do quão boa seja qualquer apresentação do Mukeka, é um som que definitivamente funciona melhor em locais menores. E um show da banda sem "Visual é tudo" ou "Primeira Comunhão Com Satanás" é de dar um dor no peito...
Após a destruição provocada pelo Mukeka, o Zumbis do Espaço (SP) subiu ao palco 2 e me mandei para dar uma volta pelo Chevrolet Hall, flertar com pernambucanas e ver os estandes (Petrobras, Monstro, Hellcife, Criolina, Link Musical e outros).
O flerte avançou e com isso apenas ouvi (fiquei de costas para o palco) o show do Bad Brains (EUA), com rápidas espiadas sobre os ombros. Para quem esperava um show de hardcore com uma pegada metal e certa influência reggae, me surpreendi com a banda ao vivo. Extremamente pesado, o Bad Brains praticamente fez um show de metal com intervenções reggae, no qual ambas as passagens se completavam e fluíam normalmente. Um dos poucos problemas foi a longa duração do show, que acabou o tornando cansativo e repetitivo para quem não é fã de carteirinha da banda.
Terminada a sessão metal da noite, o Vamoz! (PE) subiu ao palco 2 para fazer um dos melhores shows da noite. Tocando em casa, a banda já tinha o público na mão desde o início e pôde desfilar com segurança seu barulhento e energético repertório, mostrando mais uma vez a razão pela qual é considerada uma das melhores bandas nordestinas (ou brasileiras) da atualidade. Para as viúvas indie presentes, provalvelmente tratou-se do ponto alto da primeira noite do APR.
Fechando a noite e tocando para uma platéia extremamente cansada após a maratona de shows e distorção, os lendários New York Dolls (EUA) subiram ao palco com apenas dois membros de sua formação original e fizeram uma apresentação razoável. Valeu mais pelo valor histórico da banda do que pelo show em si. Detalhe: inevitável a associação entre o vocalista David Johansen e Mick Jagger, sendo que o primeiro parece uma versão ralé/destruída do primeiro. Talvez a imagem de Johansen reflita o atual estado do New York Dolls...
A primeira noite do festival foi marcada por atrações mais pesadas, como Bad Brains e Mukeka di Rato, e algum espaço para bandas mais distantes do metal/hardcore, mas nem por isso menos barulhentas, como Vamoz!, New York Dolls e The Sinks.
A abertura da noite ficou por conta da novata AMP (PE), vencedora do concurso Link Musical, que escolheu uma banda para cada noite do APR 2008. Não vi o show, mas segundo relatos, agradaram bastante ao público com sua mistura de grunge/stoner rock.
Na sequência veio a Project 666 (PE), que também não vi, mas que, a julgar pelas músicas em seu MySpace, deve ter feito um grande show de metal.
O APR começou de verdade para mim a partir do show do The Sinks (RN), no palco 3, agradando com canções simples e diretas. Às vezes lembrando uma banda de pop punk, outras, um sobrevivente grunge, foi uma apresentação sem grandes surpresas, porém divertida.
As atividades do palco principal tiveram início com mais uma apresentação explosiva do Mukeka di Rato (ES). A formação de uma enorme roda de pogo logo em seguida aos primeiros acordes foi incrível. O cinegrafista da TramaVirtual filmando em meio ao mosh foi uma das melhores cenas da noite: dezenas de pessoas insandecidas, dando socos e chutes para todos os lados e o sujeito no meio, com sua câmera em riste, filmando tudo. Devem ter ficado ótimas as imagens.
Independente do quão boa seja qualquer apresentação do Mukeka, é um som que definitivamente funciona melhor em locais menores. E um show da banda sem "Visual é tudo" ou "Primeira Comunhão Com Satanás" é de dar um dor no peito...
Após a destruição provocada pelo Mukeka, o Zumbis do Espaço (SP) subiu ao palco 2 e me mandei para dar uma volta pelo Chevrolet Hall, flertar com pernambucanas e ver os estandes (Petrobras, Monstro, Hellcife, Criolina, Link Musical e outros).
O flerte avançou e com isso apenas ouvi (fiquei de costas para o palco) o show do Bad Brains (EUA), com rápidas espiadas sobre os ombros. Para quem esperava um show de hardcore com uma pegada metal e certa influência reggae, me surpreendi com a banda ao vivo. Extremamente pesado, o Bad Brains praticamente fez um show de metal com intervenções reggae, no qual ambas as passagens se completavam e fluíam normalmente. Um dos poucos problemas foi a longa duração do show, que acabou o tornando cansativo e repetitivo para quem não é fã de carteirinha da banda.
Terminada a sessão metal da noite, o Vamoz! (PE) subiu ao palco 2 para fazer um dos melhores shows da noite. Tocando em casa, a banda já tinha o público na mão desde o início e pôde desfilar com segurança seu barulhento e energético repertório, mostrando mais uma vez a razão pela qual é considerada uma das melhores bandas nordestinas (ou brasileiras) da atualidade. Para as viúvas indie presentes, provalvelmente tratou-se do ponto alto da primeira noite do APR.
Fechando a noite e tocando para uma platéia extremamente cansada após a maratona de shows e distorção, os lendários New York Dolls (EUA) subiram ao palco com apenas dois membros de sua formação original e fizeram uma apresentação razoável. Valeu mais pelo valor histórico da banda do que pelo show em si. Detalhe: inevitável a associação entre o vocalista David Johansen e Mick Jagger, sendo que o primeiro parece uma versão ralé/destruída do primeiro. Talvez a imagem de Johansen reflita o atual estado do New York Dolls...