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9 de janeiro de 2007

"Rock nacional para exportação"

Este é o título da matéria escrita pelo Marcelo Costa (foto), editor do Scream & Yell, colaborador do site Speculum e que mantém os blogs Revoluttion e Calmantes com Champagne, sobre bandas brasileiras que optam pelo inglês em suas letras. Ao longo do texto ele acaba por fazer uma rápida análise da cena indie brasileira, comparando o cenário musical independente dos dias de hoje com o dos anos 90.


Leia um trecho abaixo:

"Na metade da década passada, o tema de uma das discussões mais acaloradas nos
fanzines tradicionais da época (ainda em papel) era a viabilidade de se ter uma banda do lado debaixo do Equador tocando rock com composições em inglês. No próprio Scream & Yell impresso, edição de março de 2000, o jornalista Omar Godoy reclamava: "Alguém agüenta a velha discussão entre cantar ou não em inglês? Pois bem, o assunto deveria estar definitivamente enterrado, mas alguém sempre volta ao tema". Seis anos depois, cá estou voltando ao assunto, mas com algumas novidades.

Antes de entrar no mérito, seria de bom grado retornar alguns anos no imaginário pop tupiniquim, ali pelo começo dos anos 90, período que marca a derrocada do primeiro grande boom do rock nacional, que foi trocado pela música sertaneja no mainstream, e viu surgir no cenário independente um grande número de bandas lançando discos com canções em inglês. É desta primeira fase Time Will Burn (1990), estréia dos paulistanos do Pin Ups, e You, dos cariocas do Second Come (1991), dois clássicos cantados em inglês do rock indie nacional.

Apesar de ter rendido vários bons discos, o cenário indie brazuca '90 ficou a margem do público, e durante bons anos rendeu a discussão sobre "cantar em português ou cantar em inglês?". Pelo caminho até teve banda trocando a língua inglesa pela língua pátria (Viper, Ludov / Maybees, Pullovers), e gente se dividindo entre as duas línguas (Forgotten Boys e os cuiabanos do Vanguart). Duas bandas com mais de dez anos de estrada acabam de colocar na praça seus novos trabalhos, com apenas canções em inglês, mas o momento que vivemos é bem diferente daquele dos anos 90."



Leia a matéria completa no Speculum.


Foto: blog do Marcelo.

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