Considerados um dos principais nomes do rock alternativo do final dos anos 1990 (e uma das minhas bandas favoritas), o ... And You Will Know Us By The Trail of Dead retorna ao Brasil após 18 anos, trazendo os shows comemorativos de seus álbuns mais celebrados, Madonna (1999) e Source Tags & Codes (2002). O primeiro show da turnê será em BH no dia 10 de julho, na Autêntica e na sequência a banda segue para São Paulo, onde toca no Sesc Pompeia nos dias 12 e 13 de julho.
Resultado de uma inesperada mas poderosa combinação da fúria punk com a ambição do rock progressivo, o Trail of Dead foi formado no final de 1994 pelos cantores / guitarristas / bateristas Jason Reece e Conrad Keely, que se conheceram no Havaí. Anos depois, já em formato de quarteto e baseados em Austin no Texas, lançaram uma fita cassete ao vivo e começaram a circular pelos Estados Unidos, se tornando rapidamente conhecidos por seus shows anárquicos e intensos. Soltaram um álbum homônimo em 1998, mas foi no ano seguinte que atingiram o reconhecimento internacional, com o lançamento de Madonna pela gravadora Merge Records.
O trabalho seguinte marcou ainda mais a discografia da banda, o potente Source Tags & Codes, agora pela gravadora Interscope. O disco conta com algumas das faixas mais celebradas da carreira do quarteto, como “Another Morning Stone” e “How Near, How Far”, e esteve no topo da lista das principais publicações musicais de 2002, incluindo uma nota máxima pelo conceituado site Pitchfork.
Com 9 álbuns lançados até hoje, a banda está ao lado de nomes como At The Drive-In, Built to Spill e Sunny Day Real Estate entre as mais importantes de sua geração na música alternativa americana, numa intersecção de gêneros como o pós-hardcore, emocore, indie rock e art rock. Com suas usuais quebras de instrumentos ao vivo e shows enérgicos, são comparados a The Who de encontro com Sonic Youth. O ano de 2019 marca o décimo álbum da banda e a entrada de Aaron Blount na formação. Em 2001, vieram ao Brasil para uma breve turnê, considerada histórica e das mais marcantes para o indie no Brasil (e na qual BH ficou de fora).