Não tenho nenhuma pretensão em atuar
como DJ profissionalmente, construindo remixes e coisas do tipo. Como
já escrevi anteriormente no Meio Desligado, ser DJ, no meu caso, é uma
extensão da minha atuação como jornalista. É uma forma de tentar criar
situações agradáveis através da música e construir sentidos ao
apresentar músicas que considero interessantes ao público.
Com essa proposta em mente, normalmente toco com meu próprio
celular, mas em algumas ocasiões opto pelo computador. Nesse caso, até
mesmo um tocador de arquivos multimídia como o Winamp pode ser uma
opção (no Bordel do Fogo Encantado, por exemplo, usei o Winamp, já que
precisava sair várias vezes da mesa para verificar se estava tudo certo
na festa e conversar com as pessoas).
No caso de precisar de um pouco mais de dinâmica na pista, com maior
cuidado nas transições e na seleção do repertório, um software bastante
usado (e simples) é o Virtual DJ. Facilmente encontrado em versões
demo gratuitas ou completo (com cracks), é um programa bastante
intuitivo e que praticamente todos que tenham utilizado CDJs e um mixer
na vida saberão manusear.
São várias as opções de configuração, de acordo com a placa de som
utilizada, e de visualização (como a da imagem que ilustra esse texto,
nocaso, da interface do VirtualDJ 6 Pro: widescreen), de acordo com seu
conhecimento, uso e hardware.
Como dá para ver pela imagem, o software fornece opções semelhantes
aos dos equipamentos físicos e vai além, como o gráfico para
visualização de ondas das músicas, integração com a biblioteca de mídia
do computador, criação de playlists, aplicação de efeitos, etc.
Uma das coisas que mais gosto é a possibilidade de usar
controladores midi com o Virtual DJ. Dessa forma você não precisa
executar todas as funções através do mouse, podendo relacionar funções
e parâmetros do software para serem utilizados através do controlador. Quando uso o Virtual DJ, por exemplo, costumo programar os botões de
play e stop das “pick-ups virtuais” para serem acionadas pelo
controlador e controlo as transições entre elas para serem reguladas na
roda de modulação (dependendo do seu controlador, usar um fader -
aqueles botões que sobem e descem, aumentando ou diminuindo algum sinal
- pode ser muito útil).
Existem várias outras opções no mercado, mas para quem quer algo
mais simples o Virtual DJ é altamente indicável. Para quem quer fazer
produções mais complexas e precisa de mais recursos, um software muito
comentado é o Traktor, da Native Instruments, usado por artistas renomados no meio eletrônico.
* Originalmente publicado no dj.meiodesligado.com