Fabrício Nobre, frontman do barulhento MQN, deu uma entrevista para a nova edição da + Soma e comentou a discografia da banda, uma das principais na cena alternativa brasileira na década passada. A maior parte dos trabalhos da banda está disponível para download no site deles, mqn.com.br, e o comentário sobre um dos lançamentos da banda (o álbum
Bad Ass Rock And Roll), você confere abaixo.
"Depois a gente seguiu tocando, um monte mesmo, festivais, abrindo shows gringos, um monte de confusões, numa viagem destas acho que para Curitiba a gente conheceu o Iuri Freiberger, que tinha gravado Proto, Violins, Reu e Condenado e um monte de bandas gauchas, e principalmente os Walverdes e Frank Jorge, que sou fã. O bicho vai para sua casa, mora lá e grava discos, com estúdio, lap top, ou alugando um estúdio foda. Isso já em 2004, já casado com a Gabi, estamos juntos desde de 94, Iuri veio morar na minha casa, na casa dos Reu e Condenado, na casa do Márcio do Mechanics e gravou um monte de discos aqui, até 2006 eu acho. A gente gravou guitarras baixo e bateria no mesmo estúdio UP Music (aquele especializado em DVDs locais), mas com uma ótima sala, e as vozes no banheiro da casa do Daniel Drehmer (Réu e Condenado), a ainda mixou o disco na chácara do Miranda (batera do MQN), com Iuri, seu lap top e cerveja... eu nem fui, mas dizem que deu certo.
Saiu um single em 2004 mesmo, outro split agora, com os Argentinos do Satan Delears pela Monstro e Scatter Records, nosso grandes parceiros da Argentina. E saiu o cd (“Bad Ass Rock And Roll”) em 2005, começo do ano, tipo fevereiro. A gente fez um show de lançamento do caralho no Martim Cerere, onde a pessoa compra o disco e ganha o ingresso, LOTOU FUDIDO! O Iuri, que agora já tinha um quarto aqui em casa (hoje é o quarto da Ana e da Lara, mas já se chamou "quarto do Iuri"), gravou esse show ao vivo (falamos dele já já). Todo mundo gostou, o MQN era uma banda referencial para o Indie/Rock e agora Stoner Rock brasileiro. O disco saiu no mesmo ano do “Playback dos” Walverdes, e ambos apareceram em várias lista de melhores. Cachorro Grande cantou com a gente no disco, o role aconteceu.
E aí, a gente tocou mesmo, mesmo... recém casado, sem filhos, todo o gás do mundo, tocamos fora, tocamos em tudo que é festival, inclusive aqueles que a gente já tinha tocado... foi foda, acho que gente em dois anos, fez mais que 50 shows em cada. Tocou muito, muito, muito!
Lançamos um EP ao Vivo com esse show que o Iuri gravou no lançamento. E o trem foi indo, tocando, até que Jorge (cansou), antes de uma tour no nordeste que faríamos com Bois de Gerião, iríamos tocar no festival de Garunhuns, no DoSol e um monte de show."