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11 de fevereiro de 2010

Centro cultural de gente burra (wannabe Lúcio Ribeiro parte 2: reloaded*)

* É sério, tô me divertindo.

Se tudo der certo, este blog será atualizado nos próximos dias direto do Rio de Janeiro, ao lado de uma jovem cantora gatíssima e de uma promissora banda mineira... procurem por um bigodudo com um X tatuado no peito pelas praias!

¬¬¬ Transmissor ¬¬¬

Por falar em promissora banda mineira, ontem encontrei com o Thiago Corrêa, vocalista/baixista do Transmissor, uma das favoritas deste blog. Atualmente estão gravando o segundo CD e transmitindo as sessões em estúdio através do site da banda, transmissor.tv. O CD, sucessor do ótimo Sociedade do Crivo Mútuo, de 2008, deve ser lançado no início do segundo semestre.

Enquanto isso o Transmissor lança um novo vídeoclipe, desta vez para a música "Eu e você", exemplo da faceta mais pop da banda.


Para quem não sabe, o Transmissor é formado por membros e ex-membros do saudoso Diesel (talvez a melhor banda da história do rock alternativo mineiro), Udora e Cinza, sendo que a primeira formação da banda ainda contava com o baterista Pedro Hamdan, ex-Mordeorabo, outra banda belorizontina fundamental para a história recente da cena alternativa local e que terminou.

E pra terminar bonito com o "momento EGO": o guitarrista/vocalista Leo Marques, que canta o refrão na música acima, é o namorado da gatenha Pat, baterista do Dead Lover´s Twisted Heart, outra banda com CD (ou CD´s...) programado para os próximos meses.

* Ps.: se eu fosse você clicava nesse link aí em cima do EGO e passava a valorizar muito mais o Meio Desligado. =D

¬¬¬ Fanfarra com churrasco e mosh ¬¬¬

Há mais ou menos duas semanas rolou o segundo show da Fanfarra dos Funcionários da Embaixada Colombiana e a estreia da minha outra e nova banda, Churrasco!, descrita (generosamente) por um conhecido como "uma mistura de The Blood Brothers com Pelican". Talvez...

A festa foi o lançamento do festival Grito Rock, edição Black Sabarath, e as fotos abaixo dão uma ideia do clima (essa aí, em sépia, soy yo, churrasqueando).

 
 
  

Uma frase? "Moshs mais selvagens da história recente da Obra"

¬¬¬ Music Hall fecha as portas ¬¬¬

Melhor espaço para shows de médio porte em Belo Horizonte, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas e boa estrutura, o Music Hall anunciou publicamente que está prestes a fechar por falta de patrocínio.

Eis o comunicado oficial:

Informamos à imprensa e ao público em geral que, depois de 3 anos de atividades, a Casa de Shows Music Hall passa por um momento de definição havendo possibilidade concreta de não continuidade em 2010.
É sabido que a nenhuma Casa de Espetáculos do Brasil é possível sobreviver sem patrocinadores  e o mercado de Minas não tem nos contemplado com o apoio necessário. Nestes 3 anos de funcionamento, nos tornamos referência e parte importante da agenda de cultura e entretenimento da cidade, no entanto, não tivemos a reciprocidade financeira que nos motive a continuar .
As empresas empreendedoras, ArtBhz e DM Promoções, têm outros focos de negócios, mas o Music Hall, mais que uma ação de mercado, é um projeto estruturante, um espaço importante como cidadania e qualidade de vida que desejamos para Belo Horizonte, e é neste sentido que não foram medidos esforços para manter a Casa durante estes 3 anos, com mais de 100 espetáculos por ano e um público de cerca de 350 mil pessoas .
No entanto, se não houver mudança de conjuntura e o apoio efetivo, não haverá outro caminho senão o fechamento da Casa o que significa um retrocesso no panorama cultural e de entretenimento da cidade.
Estamos fechados a partir de janeiro de 2010 até o carnaval, período onde se pretende somar esforços para a permanência da Casa.
Atenciosamente,
Diretoria Music Hall.

¬¬¬ A banda mais punk da cidade ¬¬¬

Membro do The Neeze dá um hadouken em um desavisado
Eles são quase uma mistura de Cansei de Ser Sexy e Chico Buarque,  mas mesmo assim são mais punk e sinceros do que qualquer outra banda de Belo Horizonte. The Neeze chega ao extremo da tosquice, com os integrantes errando as próprias letras durante a gravação e às vezes não conseguindo tocar porque estão rindo demais de si mesmos.

Mais do que uma banda, é uma resposta niilista ao establishment, a transformação e solidificação do ideal punk na era digital. "Cultura", música que dá título a esse post, é o melhor exemplo disso. Vanguarda.


Uma gata me chamou pra tomar um café
Mas não me avisou que o negócio não era pra ralé
Caro, o mixto quente era 5 real
Eu disse
Peraí companheiro, isso nenhum cristão atura
Como assim tanto dinheiro
Você tá abusando da usura
"É que aqui você também paga pela cultura"
Centro cultural de gente burra!

Hoje eu acordei e fui comprar uma cama
Tava cansado de dormir no sisal
Tinha uma de madeira meio torta
Essa deve tá com um preço legal
A cama custava era 10 mil conto
Eu disse
Peraí companheiro, isso já é desfeito
Como assim tanto dinheiro? Isso tá meio suspeito
"É que não é só a cama é também o conceito"
Essa porra tá é com defeito!

Um velho amigo me chamou pra encher a cara
Eu disse
Beleza, vou melhorar
Ele disse que tem um lugar que é coisa rara
Só tinha long neck e era 4 conto
Eu disse
Peraí companheiro, esse mundo tá todo errado
Como assim, tanto dinheiro? Como é que eu vou sair daqui embebedado?
"É que aqui é um lugar selecionado"
Seleção de velho derrotado!
Seleção de velho e de viado!

Lágrimas nos olhos depois de ouvir uma canção tão bonita como essa.

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