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5 de março de 2009

Três metas para a sustentabilidade (musical)

Bruno Nogueira, do Pop Up!, aproveitou o material que apresentou em um dos debates do Grito Rock Porto de Galinhas para apresentar em seu blog algumas dicas para se buscar formas sustentáveis no mercado musical. A abordagem de Bruno permeia toda a cadeia produtiva da música, com destaque para os processos de comunicação e a postura dos próprios envolvidos nesse mercado.

O texto completo está no Pop Up! e abaixo você confere o terceiro elemento abordado no texto:
"A terceira coisa é ter uma compreensão do que você tem para oferecer. Eu vejo o tempo inteiro bandas surgindo na cidade e, com menos de um ano, já aprovando projeto em lei de incentivo para lançar um disco. Caso alguém ainda não tenha percebido, a indústria do disco está mesmo em crise. Mas a música não. Disco é feito para quem conhece sua música possa ouvi-la. Por hora, se preocupe em fazer que sua música seja conhecida. A maioria das suas bandas favoritas levaram anos para lançar o primeiro disco. Cannibal, aqui na mesa, levou 10 anos para lançar o primeiro do Devotos. Não é só porque é fácil, que você vai fazer.

Eu tive a oportunidade, ano passado, de entrevistar o diretor criativo do maior festival de música no mundo hoje, o South by Southwest. E ele falou uma das maiores verdades que já ouvi. Ele disse que “a melhor coisa que você pode ter é alguém que ame sua música”. E é nisso que vocês precisam trabalhar. Não é apenas sonoridade, mas é um conceito. Pense nas bandas que você NÃO gosta e tente explicar porque vocês não gostam delas. A primeira coisa que vem a mente é o conceito. Isso também funciona ao contrário. Hoje, uma banda como o Devotos, consegue ser respeita e venerada sem nem precisar ser ouvida, de tão forte que é o conceito que eles construiram naturalmente.

Quando você tem alguém que ama sua música, você desenvolve algo chamdo “relacionamento criativo”. As pessoas multiplicam aquilo que você criou, aumentando naturalmente seus ouvintes. Seja gravando seu show com o celular e publicando no Youtube, seja tirando fotos e disponibilizando pela internet. Coisas que, em outra época, você precisaria pagar caro para conseguir. E, para encerrar, isso se reforça com algo que falei no começo: é um processo de comunicação."

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