Para a indústria musical a justificativa para as quedas nos negócios durante esta década é a pirataria - leia-se, a troca ilegal de arquivos pela internet. Enquanto grandes gravadoras, estúdios de cinema e outros agentes do mercado de entretenimento culpam os downloads pelas quedas nos lucros, algumas pessoas enxergam além e apontam o dedo para a própria indústria como responsável por seu declínio.
No artigo "How to kill the music industry", publicado no TorrentFreak e parcialmente traduzido no Submusica, Jens Roland aponta 8 motivos pelos quais o mercado musical está em declínio e é culpado por sua própria situação. De acordo com Roland, o que vivemos atualmente é resultado das evoluções tecnológicas ocorridas nos últimos 15 anos, que permitiram aos consumidores acabar com as limitações que impediam o acesso à produção cultural e permitiam que a indústria cobrasse valores excessivos por seus produtos. Sem o monopólio das formas de difusão cultural em seu poder, a indústria cultural teria, de certa forma, se estagnado e entrado despreparada no meio digital, tentando manter o mesmo modelo de negócio de décadas passadas em um mercado novo, com características e possibilidades totalmente diferentes.
Entre os pontos relacionados por Roland um dos que mais se destaca está relacionado às novas alternativas de entretenimento. A proliferação de videogames, computadores móveis e celulares representa um grande concorrente para a música. Se há 20 anos a TV, o cinema e a própria música eram as principais formas de entretenimento, hoje elas competem com os frutos da tecnologia digital (que demoraram muito para serem bem trabalhados pelas gravadoras, por exemplo).
Outro ponto importante e pouco comentado refere-se à venda de músicas em formato digital:
O que significa, resumidamente, que o consumidor agora possui maior controle sobre o que e como deseja obter, para desespero da indústria. É algo presente no cotidiano de todos nós e evidenciado em nossas relações com serviços como MySpace e Blip.fm, nos quais a lógica do formato "álbum" já não faz mais sentido. A meu ver, estamos em um momento de transição no qual o consumidor, teoricamente o fim da cadeia produtiva, está, de certa forma, no comando, obrigando que artistas e empresas repensem as formas como lidam com seus produtos e se adaptem à nova realidade - que é digital, claro.
No artigo "How to kill the music industry", publicado no TorrentFreak e parcialmente traduzido no Submusica, Jens Roland aponta 8 motivos pelos quais o mercado musical está em declínio e é culpado por sua própria situação. De acordo com Roland, o que vivemos atualmente é resultado das evoluções tecnológicas ocorridas nos últimos 15 anos, que permitiram aos consumidores acabar com as limitações que impediam o acesso à produção cultural e permitiam que a indústria cobrasse valores excessivos por seus produtos. Sem o monopólio das formas de difusão cultural em seu poder, a indústria cultural teria, de certa forma, se estagnado e entrado despreparada no meio digital, tentando manter o mesmo modelo de negócio de décadas passadas em um mercado novo, com características e possibilidades totalmente diferentes.
Entre os pontos relacionados por Roland um dos que mais se destaca está relacionado às novas alternativas de entretenimento. A proliferação de videogames, computadores móveis e celulares representa um grande concorrente para a música. Se há 20 anos a TV, o cinema e a própria música eram as principais formas de entretenimento, hoje elas competem com os frutos da tecnologia digital (que demoraram muito para serem bem trabalhados pelas gravadoras, por exemplo).
Outro ponto importante e pouco comentado refere-se à venda de músicas em formato digital:
"Finalmente, a indústria musical abraçou as oportunidades da mídia digital, ao menos permitindo que os consumidores comprassem músicas isoladas, uma a uma, em vez de terem que comprar o álbum completo. Acompanhando os números das vendas de CDs nos últimos 10 anos, há uma relação direta entre a queda na venda de CDs e a introdução e aumento das vendas de singles digitais. Ao verificar os números, fica claro que a grande maioria dos consumidores simplesmente se via obrigada a comprar os álbuns completos mesmo quando queriam ouvir apenas uma ou duas músicas de um determinado artista. Com a revolução digital, milhões de vendas de CDs transformaram-se em vendas de músicas isoladas, diminuindo consideravelmente os lucros. Essa é a real razão pela qual a indústria está sofrendo".
O que significa, resumidamente, que o consumidor agora possui maior controle sobre o que e como deseja obter, para desespero da indústria. É algo presente no cotidiano de todos nós e evidenciado em nossas relações com serviços como MySpace e Blip.fm, nos quais a lógica do formato "álbum" já não faz mais sentido. A meu ver, estamos em um momento de transição no qual o consumidor, teoricamente o fim da cadeia produtiva, está, de certa forma, no comando, obrigando que artistas e empresas repensem as formas como lidam com seus produtos e se adaptem à nova realidade - que é digital, claro.