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6 de dezembro de 2007

Alexandrismo jornalístico

Em um raro exemplo no jornalismo cultural online brasileiro (quantos adjetivos!), o site Gafieiras publicou uma (realmente) enorme entrevista com três dos mais importantes jornalistas musicais em atividade no Brasil: Pedro Alexandre Sanches (ex-Folha de S. Paulo, atualmente na Carta Capital), Ricardo Alexandre (ex-editor da Bizz) e Alexandre Matias (editor do caderno Link do jornal O Estado de S. Paulo).

Já faz algum tempo que o texto está no ar, mas eu estava esperando ter tempo para ler toda a entrevista e poder comentar melhor. Dividida em nada menos que 38 tópicos, esse é o tipo de entrevista perfeito para se ler impresso, com toda a calma do mundo, tomando um chazinho, recostado no sofá e ouvindo alguma coisa bacanuda tipo Air ou Constantina.

Ao longo da conversa temas óbvios como música e cultura pop dão lugar a discussões mercadológicas, profissionais, sobre internet, blogs, etc. E é claro, eles falam mal à rodo sobre muuuita gente.

Melhor do que tentar resumir o conteúdo da extensa entrevista é colocar abaixo os links para os tópicos de toda a conversa. "Leia aos poucos", é a dica do dia.

parte 01. Um dos planos era produzir um disco para o Ronnie Von
parte 02. Todo mundo é repórter agora
parte 03. A Bizz era um morto muito louco
parte 04. Os artistas sempre decepcionam a gente
parte 05. O Jota Quest tem o que dizer?
parte 06. A minha liberdade era falar mal de todo mundo
parte 07. Somos ainda muito pautados pelo mercado
parte 08. “Queremos alguém para o lugar do PAS”
parte 09. O cara pediu desculpa por ter feito o disco
parte 10. Não há notícia no fato do Caetano lançar um disco
parte 11. A Tim ganha 60 capas de caderno cultural por ano
parte 12. Peguei repulsa do Tim Festival
parte 13. Nos anos 60, os festivais eram batalhas de singles
parte 14. Agora vou defender os artistas
parte 15. Jornalismo é publicidade
parte 16. Escrevi muitos releases de artistas sertanejos
parte 17. Não tem como artista gostar da gente
parte 18. A tendência é sair do especialista e ir pro generalista
parte 19. São cinco famílias que definem o que vamos ler e assistir
parte 20. Marisa Monte e Calypso são do mesmo planeta
parte 21. Adoraria que o Roberto Carlos fosse como o Caetano
parte 22. Na Folha tinha a ilusão de falar pra 300 mil pessoas
parte 23. Seu Jorge é revanchismo social transformado em música
parte 24. Não sei como gravadora não faz camiseta
parte 25. A memória está ao alcance de cada um
parte 26. Fizemos uma revista que dava a impressão de ser grande
parte 27. Cada número da Bizz era uma vitória
parte 28. De editor virei gestor
parte 29. A Editora Abril não sabia da existência da Bizz!
parte 30. As pessoas perguntam da continuação do Dias de Luta
parte 31. O quanto os artistas estão à mercê da maluquice da gente?
parte 32. “Você tem uma visão muito cristã do rock”
parte 33. Sou jornalista discotecando
parte 34. “Por que o seu livro não foi censurado?”
parte 35. Que porra é essa de biografia autorizada?
parte 36. Tinha de editar a Bizz antes dos 30 anos
parte 37. O RPM seria muito menor se surgisse seis meses antes
parte 38. Preciso ligar para a minha mulher!

foto: Dafne Sampaio

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